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Salário segue atrasado no Hospital Puer
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
14/05/2010 | 07:00
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Os problemas financeiros continuam a pairar sobre o Hospital Puer, antiga maternidade Neomater. Desta vez, uma greve dos funcionários da manutenção e reforma está atrasando a abertura do hospital geral, para onde seria transferida a estrutura física, depois do fechamento do prédio da maternidade. O objetivo era focar o atendimento no hospital e, assim, aumentar o caixa da rede.

"Está parado porque os trabalhadores da manutenção e reforma estão de greve por conta dos salários. Voltamos hoje para negociar com a chefia, mas nem fomos atendidos. Disseram que se não quiséssemos ficar, deveríamos pedir demissão e não haveria qualquer acordo para devolução da multa ou da liberação do aviso prévio", conta um trabalhador que preferiu não se identificar.

Apesar de ter pago os 50% dos vencimentos de fevereiro na semana passada, a empresa ainda não deu qualquer sinal sobre a regularização dos rendimentos de março e abril.

"A história não muda. Sempre dizem que até sexta-feira receberemos, mas passa a data e nada acontece", completa o servidor que diz ainda que o convênio médico e a cesta básica também seguem atrasados.

Procurada, a administração do hospital negou a paralisação e afirmou que "não há qualquer problema no atendimento aos conveniados. Todas as cirurgias e atendimentos marcados serão feitos".

Questionada sobre prazo para regularização dos pagamentos e sobre o não cumprimento do acordo com demissionários - anunciado na semana passada pelo diretor administrativo da empresa Jonce da Rosa -, a direção não se manifestou.

CAIXA - Os problemas com o caixa do hospital tiveram início em fevereiro, por conta do pedido feito na Justiça pelos ex-funcionários do Neomater que reivindicam a sucessão da empresa. Com isso, todos os débitos dos antigo hospital passaram para a nova administração, que teve as contas bloqueadas para suprir as ações trabalhistas. A nova diretoria conseguiu no mês passado a separação das contas e, desde então, diz trabalhar para quitar todos os débitos até julho.

O prazo seria necessário, segundo a empresa, para que seja feito o faturamento dos atendimentos do local, procedimento que demora cerca de 60 dias.




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