Política Titulo Obras paradas
TCE calcula R$ 612 milhões em 37 obras paradas no Grande ABC

Levantamento da corte também cita intervenções atrasadas; situação atinge áreas essenciais, como saúde e educação

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
06/08/2019 | 07:00
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Arquivo/Agência Brasil


O TCE (Tribunal de Contas do Estado) calcula que o Grande ABC possui R$ 612,3 milhões em 37 obras paradas ou atrasadas pelas sete cidades. O levantamento elenca intervenções em todos os municípios.

O estudo cita projetos contratados que não só tiveram investimento dos cofres municipais, como contaram com recursos dos governos federal – por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo – e estadual.

As obras inacabadas atingem todas as áreas, inclusive de setores essenciais, como equipamentos de saúde e de educação (veja a lista completa na arte abaixo).

As sete prefeituras do Grande ABC foram questionadas pelo Diário sobre cada uma das obras listadas pelo TCE. O governo de Santo André disse que, com relação às unidades de saúde Alzira Franco e Cruzado, foram “constatados erros nos projetos arquitetônicos”. Sobre a Casa da Gestante, garantiu que entregará a obra ano que vem. Citou que a urbanização no Jardim Irene parou pelas “chuvas ocorridas em março”, mas que será entregue em 2021; que as urbanizações nos núcleos Pedro Américo, Homero Thon, Jardim Cristiane e Espírito Santo se encontram em execução e que serão entregues em dezembro.

Já São Bernardo alegou que as obras foram paralisadas por decisão da Justiça, por rescisão contratual das empresas responsáveis ou pelo não envio de repasses externos destinados às obras. O Paço destacou que o levantamento do TCE cita obras que já foram entregues, como o CEU Jardim Silvina, concluído em 2016, ou estão em execução, como urbanização do Jardim Ipê.

O Paço de Diadema informou que a urbanização do Sítio Joaninha está 75% concluída; que a urbanização e construção de moradias no Iguassú estão 92% terminadas; e que o município desistiu de construir a central de triagem Chico Mendes.

A gestão de Mauá afirmou que as construções do CIE, do corredor de ônibus do Jardim Itapark e terminais do Jardim Zaíra, Itapeva e Itapark, do PAC contenção de encostas da Avenida Marginal e do conjunto habitacional no Jardim Kennedy estão paralisadas por questões contratuais; que a drenagem da Avenida João Ramalho está com projeto em análise na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos); que as obras no Jardim Rosina estão aguardando repasses do governo federal.

Ribeirão Pires disse que seis das oito obras elencadas como atrasadas estão em andamento e que uma delas, a construção da unidade de saúde da família da Quarta Divisão, foi concluída em junho. Sobre intervenções no Hospital Santa Luzia, aguarda liberação da Caixa. Rio Grande da Serra garantiu que as obras do PAC na cidade “estão em fase de conclusão” e que serão entregues “até o próximo mês”.

São Caetano não respondeu aos questionamentos. 




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