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Funcionários de gestora da UPA de Ribeirão estão sem salários

Vencimento era para ter sido pago há uma semana; Prefeitura admite atraso e promete regularização

Daniel Tossato
do Diário do Grande ABC
14/02/2019 | 07:00
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Banco de dados/DGABC


Funcionários da Santa Casa de Birigui, que administra o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas de Ribeirão Pires, estão há uma semana sem salários. A instituição tem respondido aos colaboradores que não recebeu as parcelas dos serviços prestados na cidade. A Prefeitura confirmou o atraso e prometeu regularizar a situação nos próximos dias.

Pelo acordo, os cerca de 130 trabalhadores da Santa Casa de Birigui em Ribeirão Pires recebem todo quinto dia útil do mês. Em fevereiro, deveriam ver os valores depositados na conta no dia 7, o que não ocorreu. “Procuramos o departamento de recursos humanos e nos foi informado que a Prefeitura de Ribeirão não havia feito o pagamento. Por isso, não teria como pagar nossos salários”, reclamou um servidor, que optou pelo anonimato com receio de retaliação.

O mesmo funcionário revelou que atrasos já foram registrados antes, mas nunca de uma semana. “Acontecia de eles pagarem depois de um ou dois dias, no máximo. O que mais espantou foi que não deram prazo para resolver”, relatou. “Estou com contas atrasadas, inclusive parcela da prestação da minha casa. A situação está ficando insustentável. Todos estamos com contas atrasadas”, reclamou.

Por enquanto, de acordo com colaboradores, não há cogitação de greve nos serviços na cidade.

A Santa Casa de Birigui possui dois contratos com a administração de Adler Kiko Teixeira (PSB). Inicialmente, foi contratada para gerir o Caps, com acordo anual de R$ 4,8 milhões. Depois, herdou vínculo primeiramente costurado com o CEM (Centro Hospitalar de Atenção e Emergências Médicas), que recebia R$ 10,2 milhões ao ano. O acordo com o CEM foi rompido após suspeita de direcionamento no processo licitatório que a empresa venceu – há apuração em curso no Ministério Público. A Santa Casa ficou com os serviços e cobrou R$ 7,6 milhões por 12 meses.

Por meio de nota, a Prefeitura de Ribeirão Pires informou que o repasse dos valores de janeiro e fevereiro consta em aberto com a Santa Casa de Birigui e que deverá ser regularizado nos próximos dias. A gestão ribeirão-pirense não detalhou, entretanto, qual valor do deficit contratual. 




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