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Ferrazópolis cobra limpeza de terreno municipal
Por Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
29/11/2005 | 08:07
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Um terreno baldio pertencente à Prefeitura de São Bernardo causa transtorno para os moradores da rua Marcelino de Brito, no bairro Ferrazópolis. O local está abandonado e aberto, convite ao depósito irregular de lixo e entulho. O mato está alto e, segundo os moradores, há proliferação de ratos, baratas e carrapatos.

Há mais de dez anos a população pede a limpeza da área e plantio de árvores. Os moradores locais dizem ter encaminhado diversos ofícios para a Prefeitura, sem sucesso. Em maio de 2003, a administração teria alegado que não havia feito o serviço porque o gasto seria alto e a manutenção deveria ser de responsabilidade dos munícipes.

“O pessoal da Prefeitura nos informou que após a limpeza, nós deveríamos fiscalizar. Para contribuir, há cinco anos fizemos um mutirão e começamos a plantar algumas árvores, mas não adiantou. Continua tudo abandonado. Estamos cansados de reinvindicar, mas ainda não perdemos a esperança”, disse o motorista Paulo Francisco dos Santos, 46 anos.

O lixo causa a proliferação de insetos. “Quando chove, as baratas ficam agitadas. Entram dentro das casas”, afirma o auxiliar de expedição Antônio Elder da Silva, 29 anos.

De acordo com a Prefeitura, os moradores devem formalizar um pedido de limpeza da área no Poupatempo da cidade para que seja apreciado nas secretarias competentes quanto à possibilidade de execução da obra solicitada. A Prefeitura informou que os pedidos feitos pelos moradores há dois anos perderam a validade.

Esgoto – Além do lixo e entulho no terreno, os moradores reclamam de uma rede de esgoto que está entupida. Os canos passam no fundo de algumas casas tem contato com o esgoto a céu aberto. “A canalização foi feita há mais de 15 anos. Em 1997, a rede começou a entupir. Solicitávamos à Prefeitura que fizesse a limpeza. Com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ficou pior. Acho que o esgoto está caindo nas galerias de águas pluviais”, afirmou Santos. “Um vizinho teve de gastar cerca de R$ 500 para desentupir o esgoto da sua casa porque a sujeira estava voltando para sua casa”, completou.

A dona-de-casa Lusimar Aparecida de Carvalho Souza, 39 anos, diz que o problema existe há mais de dez anos. “Tive que me mudar porque não agüentava mais o mau cheiro e as baratas. Tenho pena da minha irmã que continua morando aqui.”

De acordo com a Sabesp, a rede coletora está localizada nos fundos das casas e capta os esgotos de alguns destes imóveis, construídos abaixo do nível da rua. No local, não há faixa de servidão oficial ou viela sanitária e alguns imóveis e muros que fazem divisa com o terreno foram construídos em cima da tubulação, dificultando a manutenção.

Por se tratar de um ramal coletivo interno, a responsabilidade de manutenção é dos moradores. No entanto, a Sabesp se dispõe a efetuar o conserto em conjunto com os moradores desde que estes liberem o acesso em toda a extensão da tubulação.




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