Orçado em R$ 1,6 milhão, o projeto para construção de um parque linear no Centro de Ribeirão Pires integra a lista de 176 convênios cancelados pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, devido à falta de reservas orçamentárias para execução das obras neste ano.

A decisão, publicada no Diário Oficial, na edição do dia 19 de janeiro, tem como base decreto, de 2 de janeiro assinado pelo governador João Doria (PSDB), que suspende projetos aprovados pelo ex-governador Márcio França (PSB), no fim do seu mandato, sem qualquer aviso prévio a integrantes da nova gestão. França, inclusive, teve apoio do prefeito de Ribeirão, Adler Kiko Teixeira (PSB), durante a campanha eleitoral do ano passado.

Formalizado no dia 14 de dezembro, por meio do Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos), o convênio previa a construção de parque linear com a reestruturação e revitalização do entorno da Avenida Prefeito Valdírio Prisco – do trecho que vai do Completo Ayrton Senna até a altura do Jardim Panorama.

Antiga reivindicação da comunidade, a construção da área verde, além de proporcionar aos moradores da cidade acesso a espaços de lazer, tinha ainda por objetivo fortalecer o setor de turismo, gerando oportunidades de emprego e estimulando o desenvolvimento econômico local.

Embora ainda estivesse na dependência da entrega do contrato por parte do governo estadual, segundo a Prefeitura de Ribeirão Pires, o projeto já estava consolidado e, inclusive, com projeção para ter andamento nos próximos meses.

Após o Estado anunciar a suspensão do acordo, a administração municipal afirmou ter solicitado audiência junto à Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo para apresentar todo o projeto e documentação referente ao Parque Linear do Ribeirão Grande, situado à Avenida Prefeito Valdírio Prisco. Na agenda, a Prefeitura irá solicitar a reconsideração do Estado para a manutenção do convênio assinado no final de 2018.

Questionada a respeito de possível anulação da medida, o governo estadual destacou que os acordos foram rompidos devido à ausência de reservas orçamentárias para este ano.