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Atropelado recupera memória depois de seis anos internado
24/10/2003 | 00:02
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O último dia do ano de 1997 foi trágico para o pedreiro Amauri Calixto, hoje com 35 anos. Ele procurava emprego em Curitiba, quando foi atropelado às margens da BR-116. Recolhido pelo serviço de resgate dos bombeiros, foi levado ao Hospital Cajuru. Sem documentos, com traumatismo craniano e inconsciente passou a ser chamado de NI (não-identificado). Passou um tempo na UTI, sofreu várias cirurgias, perdeu a memória, a fala e vários movimentos.

Os funcionários do hospital o "adotaram". Exercícios diários tentavam fazê-lo lembrar-se do passado e falar. A surpresa aconteceu em 30 de setembro. Enquanto um funcionário dava-lhe banho, Calixto balbuciou o nome e a cidade de onde viera: Lages (SC). Daí em diante foi um trabalho mais fácil para as assistentes sociais que conseguiram encontrar os familiares naquela cidade. Nesta quinta-feira, mesmo com dificuldades na fala e movimentos restritos, ele voltou para casa.

"É uma alegria para nós", afirmou a irmã Rosalba, que foi buscá-lo. Ela disse ter procurado informações sobre ele, mas nunca conseguiu qualquer pista. "Demos como desaparecido, pensamos até que tinha morrido." Enquanto ficou em Curitiba, o tratamento era custeado pelo hospital e pelo Sistema Único de Saúde.

Agora, continuará em Santa Catarina. "Vamos dar muito carinho para ele, pois vai precisar bastante", acentuou a irmã.




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