Política Titulo Eleições 2018
Por vitória, França terá de superar histórico e baixa votação na região

Em nove eleições, apenas duas vezes o segundo colocado no primeiro turno virou na reta final

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
15/10/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB) precisa superar histórico reduzido de viradas eleitorais e também aumentar sua votação no Grande ABC para bater o ex-prefeito paulistano João Doria (PSDB) no segundo turno da eleição ao Palácio dos Bandeirantes.

Desde que a eleição para governador passou a ser decidida no voto direto, em 1982, apenas duas vezes – em universo de nove eleições – o segundo colocado no primeiro turno se tornou chefe do Estado. Em 1990, Luiz Antônio Fleury Filho, no PMDB, virou para cima de Paulo Maluf (à época no PDS). Quatro anos depois, Maluf voltou a ser derrotado após terminar a etapa inicial na frente, desta vez para Mário Covas (PSDB).

No Grande ABC, França precisará conquistar o eleitor. Ele terminou o primeiro turno somente com o quarto melhor desempenho na região, a despeito de o PSB, seu partido, ter o comando de duas Prefeituras – Mauá, com Atila Jacomussi, e Ribeirão Pires, com Adler Kiko Teixeira – e ele possuir apoio de outros dois prefeitos – Lauro Michels (PV), de Diadema, e Gabriel Maranhão (sem partido), de Rio Grande da Serra.

Nas sete cidades, seu adversário no duelo final foi o mais lembrado nas urnas. Doria teve 374,1 mil votos no Grande ABC. França terá, necessariamente, de puxar votos de Paulo Skaf (MDB) – 252,6 mil na região – e Luiz Marinho (PT) – 265,6 mil.

Segundo Vilson Pedro da Silva, um dos estrategistas de campanha de França, a ideia é fazer o nome do candidato se firmar entre os eleitores do Grande ABC até a votação do segundo turno. Para isso, a cúpula que organiza as atividades do socialista pretende elaborar adesivaços, bandeiraços e carreatas pela região. A primeira atividade está marcada para hoje, em Santo André.

“Nós tentamos fazer isso logo no primeiro turno, mas reparamos que não estava dando certo. Havia muitos nomes de candidatos a deputados que tinham muito mais pessoal na rua do que a gente. Vamos tentar dar esse sprint agora na segunda etapa da eleição”, argumentou Vilson.

Na sexta-feira, houve reunião com lideranças do Grande ABC para discutir táticas de aumentar a votação de França. “Serviu para esquadrinhar algumas atividades que estamos planejando com o governador. Já começamos a conversar para que outra reunião seja feita, mas com mais apoiadores”, afirmou Vilson.

Para a virada, França também se apega nos apoios recebidos no segundo turno. Ele terá em seu palanque Skaf, terceiro colocado no pleito inicial, e Major Olímpio (PSL), senador eleito. Do outro lado, a campanha socialista se preocupa com o movimento do PT, já que alguns petistas têm declarado voto e apoio ao seu projeto eleitoral. “O Márcio já disse que não vota no PT, então ele também não vai querer ir atrás (da sigla)”, disse Vilson. 




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