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Teatro móvel traz 'Pedro e o Lobo' ao Grande ABC
Mauro Fernando
Do Diário do Grande ABC
29/06/2003 | 18:06
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Um caminhão com palco e camarim, de 15 m de comprimento por 2,5 m de largura e 4,5 m de altura. Criado pelo Giramundo Teatro de Bonecos no ano passado, o Teatro Móvel faz sua primeira excursão pelo Grande ABC a partir de sexta-feira (dia 4). O grupo apresenta o infantil Pedro e o Lobo, dirigido por Álvaro Apocalypse, nas sete cidades da região. A entrada é franca.

O giro começa por Rio Grande da Serra (às 10h30 e às 15h, na praça Lídia Tolloni). Ribeirão Pires recebe o espetáculo em 11 de julho, às 12h e às 17h, no Centro Cultural Ayrton Senna. Em Mauá: 18 de julho, às 11h, no Conjunto Habitacional Jardim Kennedy; e às 16h na rua Sebastião Antônio da Silva. A data reservada para Santo André é 27 de julho, às 12h e às 15h, na praça do Carmo.

São Caetano assistirá à montagem em 1º de agosto, às 10h e às 15h, na rua Prestes Maia, entre a rua Boa Vista e a avenida Tietê. A Praça da Moça é o local escolhido em Diadema no dia 8 de agosto, às 10h, e às 15h. Em São Bernardo: 15 de agosto, às 10h e às 15h, na Chácara Silvestre (Museu do Folclore).

Pedro e o Lobo estreou em 1993 e é o espetáculo que o Giramundo mais apresenta e o que menos bonecos tem em cena, sete. “Já fizemos cerca de mil apresentações”, afirma o assistente de direção, Marcos Malafaia. Cada boneco corresponde a um instrumento musical. “O objetivo é sensibilizar as crianças quanto aos timbres dos instrumentos”, diz.

A montagem é uma adaptação de Apocalypse para o conto musical original do compositor russo Sergei Prokofiev (1891-1953). A peça revela a valentia do menino Pedro em relação ao temido Lobo. O Pato e o Passarinho são dois outros personagens. A aventura do enredo serve de pano de fundo para que se apresentem os instrumentos.

“Tecnicamente, Pedro e o Lobo é um dos espetáculos mais completos do Giramundo, porque depois de tantas apresentações a manipulação se tornou bastante virtuosística”, afirma Malafaia. São bonecos de fio, marionetes clássicas, cujo manejo se dá de cima para baixo.

Para Malafaia, as sessões abertas ao público, na rua, são “bastante diferentes” das apresentações em salas de teatro. “Na rua, a peça compete com elementos externos, sons, placas, transeuntes, automóveis”, diz. Assim, o esforço dos artistas para garantir a atenção dos espectadores tem de ser redobrado, e isso “gera um tipo de espetáculo diferente”.

Malafaia destaca, ainda, que “alguns gêneros de teatro de bonecos são próprios para a rua, como o mamulengo, boneco de luva que tem um poder forte de comunicação”. O desafio de Pedro e o Lobo são os bonecos de fio. “O roteiro musical é incrivelmente bom, provoca curiosidade e mantém o interesse do público”, afirma.




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