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Projeto promove transformação

Iniciativa da Braskem e Atina Educação provoca alunos do Ensino Médio em Mauá a repensar seus hábitos e implementar mudanças no cotidiano

Por Bia Moço
Especial para o Diário
21/11/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Transformação social é a chave para colher um futuro melhor. Foi a partir desse pensamento que nasceu o projeto Transformar Agora, implementado em parceria pela Braskem e Atina Educação em três escolas da rede municipal de Mauá. O objetivo da proposta é estimular e capacitar professores e estudantes na elaboração e realização de atividades que beneficiem a comunidade escolar.

Com a iniciativa, jovens do Ensino Médio da rede pública idealizaram projetos que possam ser aplicados na melhoria do cotidiano das escolas e, assim, se reconhecerem como agentes da mudança. O trabalho, que teve início em novembro, durante a semana passada promoveu eventos nos quais os alunos apresentaram suas criações. Agora, o melhor projeto de cada escola será apresentado na Braskem, quinta-feira.

“Na minha época de estudante nunca me perguntaram qual era meu sonho ou sugestão para ter uma boa Educação ou uma escola melhor. Essa é uma oportunidade que esses jovens estão recebendo, pois aqui o estudante é o protagonista”, explicou Eduardo Vitale, coordenador do projeto.

Vitale defende a ideia de que os alunos têm de pensar em alternativas para resolver problemas agora, e não esperar. “Aqui damos voz ao futuro adulto, que, se pensar em transformação desde jovem, será um formador de opinião e um transformador da sociedade. A ideia não era trazer um tema pronto, mas fazer com que eles dessem cara ao que vivem.”

Na quinta-feira foram apresentados os últimos trabalhos, pelos alunos da EE José Daniel da Silveira, no Jardim Zaíra. Os jovens estavam agitados e animados com as propostas, que provavelmente terão continuidade. Para o coordenador pedagógico da instituição, Rivail Gonçalvez, a importância do projeto é de desenvolvimento para a comunidade como um todo.

“Temos aqui jovens muito adultos. Infelizmente, eles são muito maduros, pois a vida e a realidade deles impõem isso. Muitas vezes eles não têm conhecimento dessas ações de protagonismo juvenil, e isso veio agregar, pois com o projeto percebemos que eles enxergam coisas que não imaginávamos.”

Para chegar ao vencedor os jurados utilizam três critérios: importância, viabilidade e criatividade. Os autores da melhor proposta, entre os três colégios, irão participar do evento de premiação do Criativos da Escola, iniciativa que faz parte do Design for Change, movimento global presente em 57 países e que já inspirou mais de 2,2 milhões de crianças e jovens ao redor do mundo, realizado em dezembro no Museu do Amanhã (Rio de Janeiro).

“Ficamos muito satisfeitos em apoiar o Transformar Agora, como iniciativa capaz de estimular a responsabilidade social, a cidadania e a criatividade dos jovens dentro da escola. Acreditamos que este projeto é importante exercício para a mobilização dos estudantes, que podem provar a si mesmos que podem gerar transformações na sua realidade”, disse Flávio Chantre, gerente de relações institucionais da Braskem.

 

Espaço para solidariedade e cooperação

O último dia de apresentação de projetos, na EE José Daniel da Silveira, abriu espaço para quatro grupos do 1º ano do Ensino Médio. Com temas como Se Preparando Para um Sonho, Proteção e Cuidados, Mudando a Aula e Geração Esporte (vencedor da escola), os alunos mostraram suas propostas. O trabalho vencedor idealizou campeonato de futebol no qual os alunos aprendiam sobre cooperação e promoviam o esporte como conscientização contra atos de vandalismo, além da importância da atividade física no cotiano.

Para a aluna Lawane Cristina de Souza Matos, 15 anos, autora do projeto Proteção e Cuidados, a importância desse trabalho foi levar informação à comunidade. “Muitas vezes as pessoas não têm orientação sobre determinados assuntos. Promoção e conscientização são peças-chave para que possamos ter um futuro melhor.”

Na EE Professora Maria Josefina Kuhlmann Flaquer, no Jardim Sonia Maria, o grupo finalista desenvolveu peça de teatro que colocava na pauta a discussão da depressão e suicídio, por conta do alto índice de mutilação e tentativa de morte na escola – uma das alunas quase morreu após entrar para a brincadeira da Baleia Azul, que incentiva a mutilação e testes com a vida. Na EE Luís Washington Vita, no Parque São Vicente,uma ação social chamou a atenção, pois arrecadava alimentos para instituições que atendem crianças carentes e animais de rua.




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