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Mês marca discussão sobre aleitamento materno

Agosto Dourado tem como objetivo reforçar a importância a respeito do tema

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
02/08/2017 | 07:00
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Denis Maciel


 Iniciada ontem, a Semana Mundial do Aleitamento Materno integra o Agosto Dourado, mês marcado para reforçar os benefícios da amamentação, os quais são variados, tanto à criança como para a mãe.

“Estudos comprovam que existe redução da mortalidade infantil e das doenças da criança. E que se houvesse incremento em relação ao aleitamento materno haveria possibilidade de se reduzir 823 mil mortes por ano de crianças menores de 5 anos. Há também o aumento do coeficiente de inteligência”, fala a médica Vilneide Braga Serva, do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Devemos também citar vantagens para as mulheres. O aumento da prevalência do aleitamento reduz até 20 mil mortes por câncer de mama por ano, como também redução de ter câncer de ovário”, acrescenta.

A especialista ressalta ainda que esses benefícios implicam na redução de custos na assistência médica. “Com aumento de apenas 10% na taxa de aleitamento, o País pode reduzir custos de assistência em Saúde em mais de US$ 6 milhões por ano”.

Diante de tantas vantagens, muitas mães optam por continuar amamentando os filhos, mesmo quando o bebê já come diversos alimentos. É o caso de Lorilay de Araújo Martins Trevisan, 37, de Ribeirão Pires, que ainda amamenta Melissa, de 3 anos e 7 meses, e Bernardo, de 1 ano e 11 meses. “Na primeira gestação, há 16 anos, não tive acesso a informação e muito menos apoio para amamentar. Na segunda, já participava de grupos maternos e comecei a entender a importância, não somente nutritiva, mas também afetiva que a amamentação traz. Decidi que o desmame seria feito quando as crianças quisessem”, conta.

Outra questão que ganha força no Agosto Dourado é o apelo à doação de leite humano, utilizado para alimentar bebês hospitalizados. No Hospital da Mulher, em Santo André, desde a implantação do Banco de Leite Humano, em 2008, tem sido possível beneficiar cerca de 45 bebês por mês. No entanto, apesar dos esforços atuais, a unidade continua a busca para tentar atingir seu estoque máximo de 120 litros, volume necessário para atender os bebês – ações possibilitaram que o volume passasse de 15 litros no mês passado para 40 litros atualmente. Interessadas em contribuir com o Banco de Leite Humano podem obter informações nos telefones 4478-5027 e 4478-5048.

A situação de baixo estoque é similar no Hospital Estadual Mário Covas, também na cidade, onde há 38 litros disponíveis, com necessidade do dobro, para atender 15 bebês. “O mês chama Agosto Dourado porque amamentar vale ouro. A mãe que tem a dádiva de ter muito leite pode fazer muitas crianças sobreviverem”, ressalta a responsável técnica do Banco de Leite do Hospital Mário Covas, Marisa da Matta Aprile.

Em ambos os locais, os equipamentos buscam o leite na casa da doadora.




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