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Diário: 54 anos na escrita da história

A História do Grande ABC foi e continua a ser contada e perpetuada pelas páginas do maior jornal regional do País, que completa 54 anos fazendo...

Dgabc
19/05/2012 | 00:00
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Artigo

Diário: 54 anos na escrita da história

A História do Grande ABC foi e continua a ser contada e perpetuada pelas páginas do maior jornal regional do País, que completa 54 anos fazendo história. Trabalho árduo e pioneiro dos fundadores: Edson Dotto, Maury Dotto, Angelo Puga e Fausto Polesi, com a criação do memorável News Seller, mais tarde Diário do Grande ABC. Como toda empresa, sofreu reflexos das mudanças políticas e econômicas do período. Sobreviveu à inflação, a censura instaurada com o golpe de 1964, com AI-5. Curtiu o ‘milagre brasileiro'. Passou pelo vendaval das greves dos metalúrgicos de 1978 a 1980, que sopraram a brisa da liberdade. Conviveu com a abertura lenta e gradual de Geisel e Figueiredo. Decepcionou-se com o ‘não' à emenda das ‘Diretas Já'; comemorou a eleição de Tancredo, no Colégio Eleitoral. Também sofreu com a morte do presidente eleito, e viu a esperança novamente descalça, no chão da rua sem saber onde ir.

O projeto da criação da Câmara do Grande ABC, embrião do Consórcio, inaugurou, no terreno das ideias e da prática, a construção do pensamento regional, pioneiro naquele momento. O Diário mostrou sua independência, espírito que é o reflexo das palavras escritas por Karl Marx, em maio de 1842 no artigo Debates: ‘A imprensa livre é o olhar onipresente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas. É a franca confissão do povo a si mesmo, e sabemos que o poder da confissão é o de redimir. A imprensa livre é o espelho intelectual no qual o povo se vê, e a visão de si mesmo é a primeira condição da sabedoria. É a mente do Estado que pode ser vendida em cada rancho, mais barata que gás natural. É universal, onipresente, onisciente. É o mundo ideal que flui constantemente do real e transborda dele cada vez mais rico e animado.'

Silenciar ou controlar essa liberdade é vendar os olhos do povo. Sem pedantismo, é preciso dizer que a imprensa é um dos baluartes e sustentáculo da democracia, do Estado de Direito. Sabemos que com o controle, censura ou sua regulação, via Estado, a Liberdade é punida. Pelos 54 anos, meus parabéns e meu compromisso na luta pela consolidação da liberdade e imprensa. Destaco célebre frase de Voltaire: ‘Posso não concordar com suas palavras e pensamento, mas lutarei com todas minhas forças pelo seu direito de falar e pensar.'

William Dib é médico cardiologista, deputado federal e coordenador geral do PSDB no Grande ABC.

Palavra do Leitor

Vergonha!

Na reportagem sobre a paralisação da Educação no dia 15 (Setecidades, dia 16), a secretária afirma que não entende o porquê da paralisação, já que pagam mais que o piso. É uma vergonha a administração de uma cidade como São Bernardo usar isso como justificativa. O piso nacional é um vergonha, mas sabemos que muitas cidades não pagam nem isso aos seus profissionais, mas cidades pequenas. Não há como uma das maiores economias do País usar esse argumento. O argumento do nosso ministro também é vergonhoso! Dizer que todo trabalhador tem direito à greve, mas que a Educação tem que estar acima disso, significa que o que vale é a doação e não a profissionalização? Somos profissionais e temos direitos como qualquer outro trabalhador! E a nossa missão é educar com qualidade, não apenas com boa vontade! Por isso lutamos por nossos direitos. Toda manifestação é política, pois o ser humano é um ser político.

Valdirene Garcia Ciola, Santo André

Paulicéia

Como morador há mais de 30 anos de São Bernardo, venho por meio desta solicitar a reinstalação de lombada e/ou semáforo no cruzamento das ruas General Bertoldo Klinger com MMDC, altura do número 970, na Vila Paulicéia, em São Bernardo. Existia lombada na MMDC, mas quando do recapeamento foi retirada e o problema começou. Todo dia tem algum tipo de acidente de carro ou moto e o problema piora no fim de Semana, pois quem vai em direção a Diadema passa em alta velocidade e acaba ocasionando acidentes com os veículos que querem atravessar a mesma. Nesta semana aconteceram acidentes com o carro de uma senhora com criança no banco de trás, e com motoqueiro. Ficaria muito agradecido, pois estou vendo o momento que algo mais grave poderá ocorrer.

Daniel Pereira Merino, São Bernardo

Leitos do SUS

Sobre a reportagem ‘TJ nega recurso que pede privatização de leitos do SUS' (Setecidades, dia 16), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo esclarece que de maneira nenhuma a Pasta pretende ‘privatizar leitos' no Sistema Único de Saúde. Isso não existe. A finalidade da lei 1.131/10 é permitir que hospitais estaduais gerenciados por OSs (Organizações Sociais) possam ser ressarcidos pela assistência médica que prestem a pacientes beneficiários de planos de saúde. Esse atendimento já acontece, mas até agora não há possibilidade legal de cobrança, o que acaba onerando o caixa do SUS em cerca de R$ 500 milhões por ano. Sem ressarcimento, permanecerá o quadro de injusto e indevido benefício às operadoras de planos de saúde, que recebem a mensalidade dos seus clientes, mas não têm nenhum desembolso quando eles são atendidos em hospitais públicos. A regulamentação da lei proíbe qualquer reserva de leitos ou preferência a pacientes de planos de saúde.

Secretaria de Estado da Saúde

Fiéis

‘Você é nosso, e nós somos teu'. Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Bentinho e Capitu, Lampião e Maria Bonita, Vaccarezza e Cabral. Há tempos não ouvia declaração de apreço e fidelidade como essa.

Luiz Nusbaum, Capital

Caras de pau

A imprensa revela o que fazem os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito. A combinação é a seguinte: ninguém pega o Agnelo, nem o Cabral, nem a Delta e nós não mexemos com o Perillo. O senador Pedro Simon dorme e o deputado Cândido Vaccarezza troca e-mail com Cabral. A blindagem ficou latente: ‘Você é nosso, e nós somos teu'. Faltou a resposta de Cabral: é nóis na fita. Quanta falta de vergonha desses senhores que ganharam mandatos para nada fazerem pelo País. Parabéns à imprensa que cumpre à risca seu papel de fiscalizar doa a quem doer.

Izabel Avallone, Capital




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