O jornal, que cita como fonte documentos iraquianos descobertos em Bagdá, faz referência a uma carta dos serviços de espionagem iraquianos datada de 28 de março, na qual se garante que "uma de nossas fontes" se reuniu com "o porta-voz adjunto" do Ministério francês das Relações Exteriores "com o qual mantém boas relações.

A carta revela que as autoridades francesas não iam conceder nenhum visto aos dirigentes da oposição iraquiana que tivessem intenção de ir a Paris na reunião de Indict, que começou no dia 14 de abril de 2000 em um hotel de Paris, segundo o jornal britânico. Os documentos teriam sido encontrados no Ministério das Relações Exteriores iraquiano.

Um mês depois da reunião de Indict em Paris, outra carta, cujo título é "O acontecido no Sul da França", recuperada na sede da presidência iraquiana, autorizava o Ministério da Economia iraquiano a entregar 383.439 dólares a pessoas não identificadas, garantiu o jornal.

A deputada trabalhista britânica Ann Clwyd, que preside o Indict, declarou ao Daily Telegraph neste domingo à noite que vai exigir ao governo francês que apresente descuplas por uma atitude que classificou de "horrível", referindo-se à recusa a dar vistos aos opositores iraquianos.