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Bombardeio aéreo belga é desafio brasileiro nas oitavas
Por Do Diário OnLine
16/06/2002 | 09:36
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 Lucio, 1,88 m; Roque Junior, 1,86 m; e Edmílson, 1,85 m. Justamente os 'soldados' mais criticados da Seleção Brasileira serão o ponto-chave no decisivo jogo contra a Bélgica, válido pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 2002. Por serem os mais altos entre os zagueiros convocados, o técnico Luiz Felipe Scolari decidiu escalar o trio para enfrentar o bombardeio aéreo belga. O jogo está marcado para as 8h30 desta segunda-feira, em Kobe, no Japão. O vencedor pegará a Inglaterra nas quartas-de-final.

Anderson Polga, 1,82 m, fica no banco. Felipão diz que a atuação do zagueiro contra a Costa Rica nada tem a ver com sua saída do time. Segundo o treinador, o perfil da equipe belga determinou a definição da defesa brasileira — Polga foi escalado contra os costa-riquenhos, segundo Felipão, pela qualidade na saída de bola. Edmílson, que havia estreado contra a Turquia, também foi escalado na última partida da primeira fase, mas no lugar de Roque Junior, que foi poupado por ter um cartão amarelo.

Felipão aproveitou até os últimos momentos para corrigir os problemas na defesa. No reconhecimento do estádio Wing, neste domingo, o técnico ensaiou a interceptação dos cruzamentos na área. Preocupou-se também com os rebotes, para armar contra-ataques.

Na frente, tudo bem - A outra arma brasileira está bem mais calibrada. O plano do técnico brasileiro é que o ataque, que marcou 11 gols na primeira fase, continue mortal. Segurar a principal jogada belga e partir com segurança para o ataque, eis o plano de Scolari. "Eles são fortes no jogo aéreo. Vamos ter que ficar atentos os 90 minutos. Caso contrário, um lance perdido poderá jogar tudo fora", definiu Edmilson sobre as orientações do técnico.

Além de Roque Junior, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos, que também foram poupados contra a Costa Rica, voltam ao time titular. Ricardinho, que entrou bem no decorrer dos dois últimos jogos, treinou durante toda a semana entre os reservas.

Felipão indicou que pode optar por uma alteração diferente no segundo tempo. Nos dois últimos treinamentos, colocou Kleberson no meio-campo, no lugar de Juninho. A configuração serviria para segurar o resultado — contra a Costa Rica, a mudança só surtiu efeito quando Ricardinho entrou e Rivaldo foi liberado para jogar na frente, em vez de ser obrigado a se prender no meio, para armar. Denílson deve entrar, para garantir jogadas rápidas de contra-ataques.

Enquanto isso, os diabos - Felipão confia, mas os belgas fazem pouco da defesa brasileira. "O Brasil é uma equipe forte, mas a defesa deixa muitos espaços", afirmou o meia Vanderhaegue. "Conheço o Lúcio dos jogos contra o Bayer Leverkusen (Alemanha). Aliás, meus tornozelos conhecem", disse Wilmots.

O atacante é a grande estrela dos 'diabos vermelhos'. Marcá-lo será tarefa do lateral Cafu. Aquele, que Felipão garante que não sabe marcar.

Ficha técnica
BRASIL
Marcos; Lucio, Roque Junior, Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Juninho, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos; Ronaldo, Rivaldo. Técnico: Luiz Felipe Scolari

BÉLGICA
De Vlieger; Peeters, Van Buyten, Van Kerckhoven, De Boeck; Verheyen, Vanderhaeghe, Goor, Walem; Wilmots, Mpenza. Técnico: Robert Waseige

ÁRBITRO
Peter Prendergast (Jamaica)

HORÁRIO
8h30 desta segunda

ESTÁDIO: Wings, em Kobe (Japão)




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