Os estudantes de São Caetano que participam do Desafio de Redação contam com infra-estrutura e projeto pedagógico diferenciado das escolas para despontar no concurso. Ontem sete unidades do município receberam o projeto, que continua hoje nas escolas particulares de Santo André (veja tabela abaixo). O Desafio é uma iniciativa do Diário em conjunto com a USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).

Diretores e coordenadores acreditam que a boa estrutura e a grade curricular especial das escolas municipais de São Caetano reflitam diretamente no aprendizado, o que aumenta as chances dos estudantes em concursos como o Desafio de Redação. "É claro que a vontade depende do aluno, mas ele precisa de estímulo, e aí entra a parcela de influência da escola", comenta a vice-diretora da Emef Angelo Rafael Pelegrino, Alessandra de Siqueira. A escola tem atividades extra-curriculares como aulas de robótica, judô, coral, teatro, entre outras.

A coordenadora de eventos da Emef Professora Alcina Dantas Feijão, Silvana de Santis, lembrou que o concurso é uma forma de praticar a teoria das aulas de redação. "Percebemos que a boa estrutura da unidade ajuda e faz a diferença."

Aluno da 3º ano do Ensino Médio da Emef Alcina Dantas, Eduardo Souza de Oliveira, 16 anos, reconhece que a ‘rigidez' do corpo docente traz disciplina e bom ensino. "Gosto de escrever poemas e achei importante participar do Desafio." Oliveira contou a história de amizade entre um morador de rua e um cachorro chamado Cabra. Já Mariana Garrucho, 17, fez um texto com metáforas comparando a amizade ao trânsito. "Tenho facilidade para escrever." A estudante Thaís Rezende, 17, também está na disputa. "Me dediquei e acredito que tenha chances de ganhar. Quero muito estudar na USCS, pois o ensino é de qualidade e os professores são conceituados." Ela pretende cursar Enfermagem e como está no 3º ano disputa o maior prêmio do Desafio: a bolsa de estudos da USCS.

Estudantes da 8ª série da Emef Angelo Pelegrino, Bruna Omine dos Santos, 14, e Paulo Victor Ferreira da Silva, 15, também estão confiantes. "Confio na escola e acho que alguém daqui pode ganhar", diz Paulo Victor.

Giovana Mantovani, 11, da 5ª série, promete ser uma das fortes concorrentes. Ele adora ler - recentemente teve de doar parte dos livros, pois não cabiam mais no quarto -, e escreve poesias. "Aqui temos ensino diferenciado e conteúdo de verdade. Não é preciso ser aluno de escola particular para ser bom, só depende de nós."