A confissão de Colombo se produziu no contexto da operação Cleopatra, relacionada com tráfico de drogas e prostituição. Na semana passada, 20 pessoas foram presas na operação, entre elas a atriz Serena Grandi.

Dois dos presos são membros da Guarda de Finanças e estão subordinados há muito tempo à escolta de Colombo, que agora saiu em sua defesa com a declaração que estavam à margem do assunto.

"A cocaína de Giuseppe Martello (o traficante) era para mim. Sou consumidor há pouco tempo, somente de um ano ou um ano e meio (...) com fins terapêuticos. Rocco Russillo e Stefano Donno (seus guarda-costas) não sabiam nada, só ligavam, mas não sabiam do que se tratava", declarou Colombo aos procuradores.

O interrogatório do ex-premiê, que governou o país entre agosto de 1970 e fevereiro de 1972, chegou à imprensa, apesar de seu caráter secreto. Em uma nota pública, Colombo qualifica de "vergonhosa" a difusão de sua declaração voluntária, que fez por "um evidente dever moral" e "confiando na máxima reserva dos órgãos de pesquisa".

O consumo de drogas não está atualmente penalizado na Itália, mas o governo acaba de aprovar uma lei, que ainda deve discutir o Parlamento, que castiga seu uso e equipara as chamadas substâncias leves, como a maconha, com as pesadas, como a cocaína.