Em poucos jogos, Marlos passou de reserva à solução. Não só pelo bom desempenho, mas por fazer os companheiros renderem mais, isso fez o time de Ricardo Gomes, então criticado por apresentar futebol lento e sem objetividade, subir de produção. Com o garoto de 21 anos em campo, o treinador deixou de sobrecarregar peças importantes para o funcionamento da equipe.

Hernanes é exemplo claro. O camisa 10 pôde voltar a atuar como volante. Assim, ao invés de ser meia previsível, ele está sempre chegando de trás como surpresa, dificultando o trabalho de marcação do adversário. "O Marlos é leve, de habilidade, rápido e dá uma movimentação melhor no ataque", elogiou Hernanes. "A gente sabia que ele iria crescer. Quando amadurece e chega o momento certo, o jogador mostra sua qualidade."

Dagoberto também foi favorecido. Com Léo Lima ou Cléber Santana, ele precisava buscar o jogo para abastecer Washington. Agora está jogando ao lado do camisa nove. Tanto que contra o Santo André, além do gol, apareceu mais três vezes na área para finalizar. "Ele é um jogador que se encaixa às minhas características. Sempre falei que o Marlos é craque", exagerou. "Antes era difícil porque ele entrava só no segundo. Agora teve chance e está mostrando o que é. O Marlos tem um talento incrível, é diferenciado", completou.