Califórnia Brasileira, Capital do Chopp, Capital do Café, Capital do Agronegócio. Ao longo dos anos, Ribeirão Preto (a 330 quilômetros da Capital) ganhou vários sobrenomes. Atualmente, no entanto, um codinome que cai bem para a cidade é Capital do Futebol Paulista, denominação dada em 1995 pelo então presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Eduardo José Farah, quando a decisão do Paulistão entre Corinthians e Palmeiras foi realizada no município.

Com a transferência do mando de campo de vários jogos envolvendo os chamados grandes clubes do Estado para Ribeirão Preto, a cena esportiva da cidade se transformou nos últimos anos. Em 2008, por exemplo, Palmeiras, São Paulo e Corinthians atuaram duas vezes cada um no Estádio Santa Cruz, de propriedade do Botafogo. E, para a temporada, a expectativa é de que a cidade volte a receber diversas partidas do trio-de-ferro.

O primeiro jogo será já na quarta-feira, na abertura do Paulista, quando o Santo André recebe o Palmeiras, às 16h30. O Ramalhão pode, inclusive, transformar Ribeirão Preto em sua casa quando tiver o mando de campo diante das equipes de maior torcida do Estado no Paulistão e na Série A do Brasileiro. Esta possibilidade anima os dirigentes esportivos da cidade.

"No que depender da Secretaria de Esportes, faço questão que os jogos do Santo André sejam aqui em Ribeirão Preto. Espero que a nossa história com o clube não se resuma a essa partida", diz o secretário de Esportes, Roberto Palmieri, ex-goleiro do Botafogo e do Comercial, rivais históricos de Ribeirão Preto.

Palmieri revela ter recebido orientação da prefeita Dárcy Vera para colocar a estrutura da administração à disposição das equipes interessadas em atuar em Ribeirão Preto. A medida faz parte de uma série de iniciativas que a Prefeitura adotou em busca de novos recursos e investimentos - outdoors foram espalhados pela cidade com os dizeres: "Bem-vindo a Ribeirão. Traga sua empresa, fale com a prefeita".

"Jogos de futebol com grandes equipes são eventos muito fortes para a cidade. Tem gente de Minas Gerais que vem apenas para acompanhar essas partidas. É comum vermos pelas ruas carros com placas de cidade com mais de 100 quilômetros de distância. Ribeirão fica cheia", conta Palmieri.

Até mesmo torcedores do Comercial vibraram com o acesso do Botafogo à Série A-1 do Paulista e o aumento no número de partidas na cidade com membros do trio-de-ferro. "A alegria é geral, até para os bafudos (como são conhecidos os torcedores do Comercial). Todo mundo ganha", destaca Palmieri.