Economia Titulo
A economia brasileira continua forte
Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
29/01/2008 | 07:00
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Apesar da crise que assola os mercados da Ásia, Europa e Estados Unidos, os fundamentos da economia brasileira, apontados em pesquisa realizada nesta segunda-feira pela Gerin (Gerência de Relacionamentos com Investidores), do Banco Central, mostra um contexto macroeconômico ‘robusto’ entre 2008 e 2011.

Os indicadores de desempenho do Produto Interno Bruto total e setorial, por exemplo, continuam espelhando um cenário de crescimento contínuo. Para este ano, por exemplo, o PIB aponta para alta de 4,5% com o setor agropecuário sendo o carro-chefe da economia, projetando elevação de 4,80%. A indústria está em linha com o PIB total, de 4,5%, com o comércio e o setor prestador de serviços estimando desempenho positivo de 4,25%.

É evidente que o desenho da crise externa está se solidificando e ainda é cedo se prever problemas com as commodities, por exemplo, um indicador que afetaria os prognósticos do setor agropecuário como um todo.

O mesmo é válido para o setor industrial, que teve no setor agropecuário um dos principais clientes no ano passado e assim sucessivamente com o comércio e a prestação de serviços.

Mas até 2011, os números continuam extremamente positivos, denotando controle da inflação na casa dos 4% a 4,5% anuais em todos os indexadores, juros cadente, porém ainda muito alto e uma taxa de câmbio que não mudará em nada o perfil e a linha adotada pelo governo Lula para a economia.

Pelo contrário, os setores exportadores continuarão tendo ganhos em cima do aumento da quantidade de itens a serem vendidos lá fora, concomitantemente a um aumento substancial das importações.

Menos dólares - Um dado, no entanto, mostra substancial deterioração no conjunto de indicadores macroeconômicos desenhados pelo Banco Central. O de conta corrente, que representa o saldo final entre as entradas e saídas de dólares do País. Neste ano, essa conta será negativa em US$ 6 bilhões, dobrando de tamanho no último ano do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, para US$ 12 bilhões.

Curto prazo - Nesta segunda-feira, na divulgação dos indicadores de curto prazo, os bancos revisaram para cima todas as projeções de inflação para este ano. O IPCA, por exemplo, passou de 4,37% para 4,45% – ainda dentro da meta de 4,5% para a inflação em 2008, mas exibindo um ganho real frente à Selic de 11,25% de 6,5%.




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