A Câmara de São Bernardo tornou oficial a CPI do Imasf (Instituto Municipal de Saúde à Assistência do Funcionalismo). A investigação, porém, está sem prazo para ser iniciada oficialmente, uma vez que os parlamentares encerraram a sessão sem a nomeação dos integrantes da comissão investigativa, como presidente e relator.

O caso visa elucidar problemas de gestão na autarquia, entres eles perda de credenciamento de médicos e hospitais, além de rombo financeiro.

O trabalho ficou prejudicado pelas ausências dos vereadores Marcelo Lima (SD) e Roberto Palhinha (PTdoB). O regimento do Legislativo exige que bancada partidária faça indicação para a composição de CPI.

A sessão foi acompanhada por um grupo de servidores, que nos últimos anos realiza frequentemente atos de protestos na Câmara, expondo problemas relacionados ao Imasf. Há quase um ano, o pedido de CPI foi protocolado na Casa, mediante a assinatura de dez parlamentares – um terço do Legislativo –, conforme prevê a Constituição. O autor do documento foi o vereador de oposição Pery Cartola (PSDB), na sessão do dia 12 de agosto de 2015. De imediato, a bancada de sustentação do prefeito Luiz Marinho (PT) agiu para congelar avanço. Para ser apreciada, a matéria precisaria ser classificada com caráter de urgência, necessitando de 15 assinaturas, número que a bancada de oposição não conseguiu levantar. Sem obter avanço, Pery acionou a Justiça, que acatou determinação e exigiu início da apuração.

Assim que iniciada, a CPI terá 120 dias para ser concluída. Presidente da Casa, José Luís Ferrarezi (PT) esclareceu impasse na sessão de ontem. “Os componentes de uma CPI são definidos a partir da indicação das lideranças (de bancada) em plenário. Hoje (ontem), faltaram dois partidos para que se cumprisse o rito. A partir do momento das indicações de cada sigla começaremos os trabalhos.”

Autor do pedido, Pery assegurou que vai brigar para presidir investigação. “A sociedade civil e os servidores presenciaram aqui no plenário uma atenção para esta situação do Imasf. E não houve nenhum outro representante que deu tanta atenção quanto eu. Tenho certeza que os demais parlamentares terão bom-senso na escolha do presidente e demais integrantes”, pontuou o tucano.