Do Diário OnLine
27/11/2003 | 13:27
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, divulgou uma nota nesta quinta-feira lamentando os índices de desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
No documento, Paulinho diz que o alto índice de desemprego é resultado da insensibilidade do governo federal, que insiste em “manter uma política recessiva baseada no tripé: juros altos, contingeciamento estrondoso das verbas públicas e falta de uma política com foco no fomento da produção e emprego”.
Confira a íntegra da nota:
“As pesquisas divulgadas hoje pelo IBGE e pelo Dieese demonstram claramente que estamos entrando num período de caos social e desesperança. Isso é resultado da insensibilidade do governo federal e de sua equipe de tecnocratas, que insistem em manter uma política recessiva baseada no tripé: juros altos, contingeciamento estrondoso das verbas públicas e falta de uma política com foco no fomento da produção e emprego.
O resultado dessa assimetria entre a política econômica voltada para a especulação em detrimento das aspirações dos brasileiros - de produção e emprego - revela-se através dos dados do IBGE.
De acordo com o instituto, o número de desempregados cresceu 21,7% nos últimos 12 meses. Já em São Paulo, segundo o Dieese, o índice de desemprego bateu recorde. É lamentável que na capital paulista um trabalhador em cada cinco esteja sem emprego devido ao nefasto modelo econômico adotado. E isso, vale ressaltar, justamente no mês que a indústria e o comércio tradicionalmente contratam para as festas de final de ano.
A falta de postos de trabalho coloca o país na equação perversa em que, sem emprego, não há renda, resultando em queda de produção. Isso fica evidente nos dados do levantamento do IBGE: a renda do trabalhador brasileiro encolheu pela décima vez consecutiva em outubro. O governo parece não saber que, sem emprego e sem renda, não existe consumo. Temos a impressão que a luz do "espetáculo do crescimento" ilumina apenas os interesses dos especuladores.
Com esses dados, pode-se dizer com certeza que ultrapassamos o sinal amarelo e estamos no vermelho. A conclusão óbvia é que devemos acabar este ano com um "PIB zero", ficando com um país estagnado como herança de 2003, o que deve nos levar a enfrentar um quadro de recessão aguda em 2004.
Paulo Pereira da Silva
Presidente da Força Sindical
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