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Regras são ignoradas nos parques
Fábio Munhoz
30/06/2011 | 07:01
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Frequentadores dos parques de Santo André ainda desconhecem as normas criadas há quase um mês e meio pela Prefeitura para a utilização das áreas verdes. Decreto publicado pela administração em 20 de maio estabelece novas proibições nos espaços públicos, como andar de bicicleta, empinar pipa e pescar.

Nas entradas dos parques não há indicativos sobre as atividades proibidas. A exceção é o Parque Antônio Flaquer, conhecido como Ipiranguinha. No entanto, a placa existente é antiga, e, portanto, não contempla as mudanças previstas no decreto. O aviso não menciona, por exemplo, a proibição da prática de soltar pipas.

No Parque Central há somente um papel sulfite na entrada principal alertando os usuários sobre a obrigatoriedade do uso de guias nos animais. Já no Parque da Juventude, no Jardim Ipanema, não há nenhum informativo nas duas entradas. A falta de informações atinge também os usuários do Parque Celso Daniel, no bairro Jardim.

Sem terem acesso às regras, usuários cometem irregularidades. A área onde a equipe do Diário presenciou maior número de infrações foi no Parque da Juventude. No local é permitida entrada de bicicletas, skates e patins, mas os frequentadores só podem utilizar os equipamentos na pista para esportes radicais. No entanto, diversos usuários circulavam montados pela pista de caminhada.

"O pessoal não está nem aí. Quando estamos caminhando, temos que desviar deles para não sermos atropeladas", relatou a dona de casa Florice de Souza, 54 anos.

Exceção, o feirante Alexandre Pereira, 32, empurrava a bike enquanto transitava. "Estou empurrando porque sou esportista, costumo frequentar parques e sei que geralmente existe essa norma. No entanto, aqui não há sinalização nenhuma, por isso muitos desrespeitam."

Além da falta de divulgação das regras, outro problema é a fiscalização escassa. A equipe não encontrou funcionários ou guardas municipais no interior das áreas verdes. Não há controle sequer sobre a grande quantidade de cachorros que circulam soltos pelos locais.

Uma das normas, inclusive, impede a captura de imagens sem autorização da Prefeitura. Entretanto, a equipe do Diário esteve em média 30 minutos em cada local e fotografou tranquilamente, sem ser incomodada.

A administração foi procurada para comentar as falhas, mas não se manifestou até o fechamento desta edição. (Colaborou Camila Brunelli)




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