Economia Titulo Alimentação
Feijão-carioca sobe 21,84% na semana, segundo a Craisa

Pacote está superando a marca de R$ 12; baixas
temperaturas e pouca oferta provocaram elevação

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
17/06/2016 | 07:00
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Divulgação


Hora da refeição. Nada como saborear aquele prato de arroz com feijão. O cardápio é um dos mais tradicionais para os brasileiros. Porém, essa combinação pode ficar de fora das mesas das famílias por algum tempo. Isso porque o preço do feijão-carioca, o tipo mais comum entre os paulistas, não para de subir. Na região, o pacote de um quilo já passa de R$ 12.

Segundo pesquisa da cesta básica divulgada ontem pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o grão ficou 21,84% mais caro em relação à semana passada. O preço médio chegou a R$ 4,91, pois o levantamento considera as marcas mais baratas. Mesmo assim, a diferença entre supermercados chega a 130,43%, já que o menor valor encontrado foi de R$ 2,99, enquanto o mais caro – dentro das especificações determinadas – custava R$ 6,89.

A situação gerou piadas nas redes sociais. Em uma delas, os internautas diziam que chegou ao fim a “história de amor” entre o arroz e o feijão, que, agora, seria trocado pelo ovo. Em outra montagem, um caminhão de feijão era escoltado por carros-fortes.

O engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, coordenador da pesquisa, comenta que diversos fatores ocasionaram na alta do feijão. “O frio intenso nas últimas semanas provocou geadas no Paraná e no Interior de São Paulo, que são as regiões que nos abastecem. Isso atrapalhou a plantação”, explica, reforçando que as melhores safras do feijão ocorrem durante o verão, em razão do alto volume de chuvas. Além disso, ele acrescenta que, ao longo do ano passado, o preço médio do grão praticamente não passou dos R$ 3. “Esse valor é considerado baixo para o agricultor. Então, houve um desestímulo à produção, fazendo com que a oferta seja menor agora. Isso deixa o produto mais caro.”

A cesta básica da Craisa engloba 34 itens, divididos em quatro grupos. Os hortifrutigranjeiros foram os que mais subiram: 4,77%, enquanto os demais alimentos registraram alta de 1,35%. Os materiais destinados à higiene pessoal tiveram elevação de 3,73%, enquanto os de limpeza doméstica variaram 1,28%.

Considerando o kit como um todo, foi contabilizada alta de 2,04%, passando de R$ 549,68 para R$ 560,90. O levantamento é feito em supermercados de seis cidades da região. A exceção é Rio Grande da Serra.

Diferentemente do que ocorreu no ano passado, o preço da cebola está caindo. Diminuiu 11,04% ante a semana passada. Segundo Benedetto, isso ocorre porque a oferta aumentou no País em razão da produção na Bahia. 




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