O Santo André abriu 2 a 0 de vantagem sobre o Barretos para o segundo jogo da semifinal do Campeonato Paulista da Série A-2, que será disputado sábado, às 19h30, na casa do adversário. Mesmo assim, tal situação não ilude, tampouco acomoda o grupo andreense, que cobra foco total até a concretização da meta de momento, que é o acesso de volta à elite estadual.

“O primeiro passo foi dado, mas sabemos as dificuldades que vamos enfrentar em Barretos: calor, estádio, pressão, time bom, porque a equipe deles é muito qualificada e não à toa chegou entre os quatro primeiros da competição. Estamos de parabéns, mas foi o que disse aos companheiros: humildade acima de tudo. Não ganhamos nada. Tem mais 90 minutos e sabemos as dificuldades que vamos ter lá. Demos um passo, considerável, bacana, mas não acabou. Só podemos comemorar depois do jogo em Barretos”, destacou o goleiro Zé Carlos.

A opinião ecoa nas palavras do colega de sistema defensivo, o zagueiro Diogo Borges. “Vantagem boa, mas não temos de pensar nela. É manter os pés no chão. Eles têm equipe qualificada, então vai ser jogo difícil lá. Temos de manter o foco e a dedicação para alcançar nosso objetivo.”

Se o jogo terminar empatado ou com triunfo do Barretos por um gol de diferença, a vaga na elite é definitivamente do Santo André, que ainda se garante na final da Série A-2. Se os interioranos vencerem por dois tentos, o decreto do classificado fica para as cobranças de pênalti.

Caso o Ramalhão avance à decisão, só há uma alternativa para que o jogo – único – seja no Bruno Daniel: que o Batatais passe pelo Mirassol. Entretanto, a missão dos batataienses é complicada: precisam reverter a vantagem do adversário, que fez 1 a 0 no primeiro encontro e define a classificação em casa.

PRESENTE

O Barretos teve apenas uma grande chance de gol no jogo de sábado, com Chuck, melhor jogador do time na partida. Entretanto, ele parou em grande intervenção do goleiro Zé Carlos. “Tem de estar preparado. Às vezes é uma bola no jogo, mas tem de ajudar os companheiros com a defesa. Fui feliz”, comemorou o camisa 1 após o jogo.

Toninho diz que atletas incorporaram torcida

A festa promovida pela torcida do Santo André antes, durante e depois o jogo contra o Barretos, no sábado, ganhou elogios de Toninho Cecílio. De acordo com o treinador, a manifestação dos andreenses desde a chegada do ônibus da delegação – que foi recebido por cerca de 200 ramalhinos com sinalizadores, fumaça nas cores azul, branca e amarela, além de cantos e gritos de incentivo – ajudou a equipe.

Na opinião do comandante ramalhino, a postura da torcida inflamou os jogadores. “Foi sensacional desde a chegada ao estádio. Isso encorporou no envolvimento dos atletas no jogo e isso faz parte de um momento decisivo”, disse o treinador. “Fui jogador e isso motiva, mexe com o atleta. Nós vimos apoio muito grande desde as quartas de final contra o São Caetano. Agora, mais uma vez aqui <CF51>(em Santo André)</CF>. Foi manifestação de apoio muito importante, que ajuda demais. Estão de parabéns.”

RECLAMAÇÃO

Nem tudo foi festa para alguns andreenses que compareceram ao Bruno Daniel no sábado. Segundo alguns torcedores que contataram o Diário, houve rigor da Polícia Militar no momento da revista. Havia orientação que camisas de torcidas organizadas não deveriam entrar no estádio. Entretanto, alguns modelos do próprio Ramalhão foram coibidos, o que gerou insatisfação e alguma confusão.

TIME

Os jogadores voltam hoje ao treino e iniciam a preparação para o jogo contra o Barretos. A partir desta atividade o técnico ramalhino busca encontrar o substituto de Adriano Apodi, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O mais provável é que Jean, recuperado de lesão, entre no setor, mas outras situações não estão descartadas.

Outra incógnita é sobre a permanência de Fernando, autor dos dois gols no sábado. Ele substituiu Branquinho, que cumpriu suspensão e fica à disposição. Artilheiro do time na competição com nove tentos e ídolo da torcida, dificilmente ficará fora da partida decisiva.