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Edimar afronta PSDB e ameaça retirar candidatos

Vereador de Mauá vai para o ataque ao se defender de polêmica

Mark Ribeiro
do Diário do Grande ABC
08/02/2012 | 07:00
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O vereador oposicionista de Mauá Edimar da Reciclagem (PSDB) reagiu com firmeza à pressão que a cúpula estadual do partido faz à direção municipal para lhe aplicar punição por ter aliados ocupando cargos em comissão no governo de Oswaldo Dias (PT). Alegando que, apesar de ostentar convívio com os funcionários, não os indicou para a administração, o parlamentar opinou não acreditar que sofrerá retaliação do tucanato, ameaçando deixar a legenda sem chapa de vereadores para a eleição de outubro caso a intenção seja concretizada.

"Acho que não vão me retaliar porque 99% da chapa de vereadores está comigo. Se me punirem, o PSDB fica sem candidato à Câmara", afirmou Edimar ontem, durante a primeira sessão legislativa do ano. Entre as sanções que serão discutidas hoje em São Paulo estão a inviabilização de sua pré-candidatura a prefeito e até mesmo a expulsão do partido.

Confiança à parte, Edimar se propõe a esclarecer a situação junto às direções municipal e estadual, que não digeriram bem a informação publicada pelo Diário no dia 1º. Entre os cerca de 20 aliados do tucano está a sua ex-mulher Lidiana da Silva Oliveira, lotada no setor de Compras. "Conheço as pessoas, mas se estão lá (na administração petista) são por outros motivos. Não indiquei ninguém. Se for cargo meu, pode dispensar amanhã", relatou, ao reiterar não ter participação na gestão. "Cargos eu tenho meia dúzia no meu gabinete. Os da Prefeitura são do governo."

 

Racha - Edimar presidiu o PSDB de Mauá até o início de 2011, quando passou a função para Márcio Canuto. A eleição do sucessor foi construída em consenso articulado pelo próprio vereador, que agora indica que o mandatário está a serviço de Mateus Prado, também pré-candidato a prefeito, que se filiou na legenda em outubro. Segundo Edimar, Mateus tem comandado o fogo amigo tucano.

"Quando ele (Mateus) entrou aumentaram as especulações. Política se faz com política. Jamais vou usar questões pessoais para enfraquecer alguém."

Apesar dos conflitos pela cabeça de chapa tucana, o PSDB tem sinalizado que tende a encorpar o arco de alianças que se forma em torno da pré-candidatura a prefeita da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). Neste caso, restaria ao tucanato mauaense brigar para indicar o candidato a vice. "Querem continuar como amante da família Damo, mas farei tudo para que isso não ocorra", concluiu Edimar.

Mateus Prado não foi localizado pelo Diário.




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