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Oswaldo tem trilha
favorável à reeleição
Mark Ribeiro
do Diário do Grande ABC
12/08/2011 | 07:09
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O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), tem caminho favorável para buscar a reeleição em 2012. A habilidade em conquistar o consenso das várias alas do partido, aliada à divisão da oposição, que cogita lançar até três candidaturas, deixam o chefe do Executivo em vantagem a pouco menos de um ano do início do pleito.

Esses dois fatores são suficientes para superar os pesares do governo, que serão explorados pelos adversários. Deslizes da administração chegaram a colocar em xeque a candidatura de Oswaldo. Mas hoje, sem sofrer ameaças, tem apoio total do partido. Algumas das falhas foram assinatura no escuro de decreto que alterou o auxílio-alimentação dos servidores e a utilização de prédio que abrigaria biblioteca para receber a Secretaria de Educação, além da imagem arranhada após as fortes chuvas de janeiro, que causaram seis mortes na cidade - o prefeito tratou o assunto com descaso inicialmente.

Por outro lado, o petista retoma a construção de escolas, leva a paz aos vizinhos de postos de combustíveis (proibindo a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nesses estabelecimentos), revitaliza o sistema de transporte público e garante a entrega de quatro Unidades de Pronto Atendimento 24 horas.

Mesmo com os episódios negativos, o prefeito conseguiu blindar sua reputação diante dos diversos setores do PT mauaense. A Articulação de Esquerda, ala mais radical e que poderia contestar a escolha do prefeito para o pleito, se dissolveu. Seus principais integrantes, incluindo o presidente da Câmara, Rogério Santana, rumaram neste ano para o grupo de Oswaldo, o CNB (Construindo um Novo Brasil). A ala, majoritária, também tem como representantes os vereadores Rômulo Fernandes e Marcelo Oliveira, o secretário de Obras, Hélcio Silva, e o ex-vice-prefeito Márcio Chaves.

Outra corrente interna com peso significativo é a Um Novo Rumo para o PT, do vice-prefeito e secretário de Saúde, Paulo Eugênio Pereira Júnior (unanimidade para permanecer na composição da chapa), e do deputado estadual Donisete Braga. O outro vereador, Dario Duarte Coelho, pertence ao PT de Lutas e de Massas. Com a adesão de todas as bases petistas, o chefe do Executivo começa a trilhar trajetória tranquila para a tentativa de reeleição.

Oposição rachada - Pelo lado da oposição, briga de egos e interesses dispersos têm inviabilizado a construção de bloco sólido. A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), tida como a principal adversária de Oswaldo, articulou para caminhar junto a outros líderes contrários ao governo, como os vereadores Atila Jacomussi (PV) e Irmão Ozelito (PSB), mas fracassou pelo fato de eles não abrirem mão de integrar cabeça de chapa ao Paço - além da rejeição por ser filha do ex-prefeito Leonel Damo (1983 a 1988 e 2005 a 2008).

Assim, o cenário vai se desenhando com três candidaturas distintas da oposição. A de Vanessa, com o apoio do vereador Manoel Lopes (DEM); a de Atila, com o ex-prefeiturável Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PTdoB); e a de Ozelito, que negocia o apoio de Edmar da Reciclagem (PSDB).

Confirmando-se a tendência, a oposição se uniria apenas em eventual segundo turno, assumindo o risco de, talvez, ser tarde demais para tentar impedir mais quatro anos do PT no comando do Executivo.




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