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'A Árvore' retrata perda familiar
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06/01/2011 | 07:21
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Divulgação


Filha de diretor - Jean-Louis Bertucelli, autor do cult "Remparts d'Argile", de 1969 -, Julie Bertucelli tornou-se diretora, e prestigiada, mas seu aprendizado ela o fez com Krszystof Kieslowski, de quem foi assistente na Trilogia das Cores, e com Otar Iosseliani. Você sabe de quem se trata - ela fez "Desde Que Otar Partiu".
 
Você se lembrará de "Otar" quando assistir "A Árvore", que estreia amanhã em São Paulo.
 
O longa teve direito a sessão de gala encerrando o Festival de Cannes do ano passado. Os dois filmes elaboram o tema da perda. Em "Otar", as filhas tentavam esconder da mãe que o filho querido desapareceu no exterior.
 
"A Árvore", uma mãe tenta seguir em frente com a família após a morte do marido. A filha menor acredita que ele reencarnou na árvore, que, crê a diretora, é uma personagem tão importante do filme quanto a mãe, a filha. Por isso mesmo, Julie, que foi documentarista antes de encarar a ficção, decidiu que não poderia trapacear com o espectador. Só a busca pela árvore, na Austrália, consumiu mais de um ano da produção.

O roteiro consumiu mais dois, mas é preciso esclarecer as circunstâncias em que "A Árvore" foi feito. A vida antecipou-se à arte e Julie perdeu o marido, morto após uma doença penosa. Ela queria falar da perda - "Quando Otar Partiu", de novo, mas era importante contar outra história, para não terminar se repetindo.
 
Foi através de amigos que ela descobriu o livro da australiana Judy Pascoe. Somente num estágio mais avançado da produção foi que ela decidiu fazer da protagonista uma francesa e isso lhe permitiu chamar Charlotte Gainsbourg para o papel.

Julie sabia do que Charlotte era capaz e, mesmo assim, a atriz a surpreendeu - com sua entrega, seu profissionalismo. "Charlotte não tem medo de ir ao limite", resume a diretora.




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