Cerca de 900 trabalhadores terceirizados da Recap (Refinaria de Capuava), da Petrobras, ainda estão em greve por causa da falta de acordo com as empresas prestadoras de serviço na área de construção civil, manutenção e montagem, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

De acordo com o presidente da entidade, Luiz Carlos Biazi, apenas dez das 24 empresas que prestam serviço a Recap assinaram o acordo coletivo, o que beneficia apenas 300 trabalhadores. "A greve vai continuar enquanto não houver acordo. Temos uma nova rodada de negociação amanhã (hoje), mas é preciso que as empresas alcancem o que já foi acertado com as outras prestadoras de serviço", afirmou o dirigente.

A categoria reivindica aumento de 9% nos salários, R$ 120 de vale-alimentação, adicional de 70% para horas-extras em dias úteis e 100% nos finais de semana e feriados, estabilidade de 30 dias após o fim da mobilização e ainda desconto de 50% dos dias parados - pauta semelhante a acertada com as outras empresas que prestam serviço ao Pólo Petroquímico do Grande ABC.

"Agora não há como também aceitar menos. Esses trabalhadores ficam juntos, não podemos deixar que haja diferença", explicou Biazi.

A greve, que começou na sexta-feira na região, não tem previsão para acabar. Além da Recap, os terceirizados das refinarias da Petrobras em Paulínia e São José dos Campos também estão parados, o que deve atrasar todas as obras de ampliação da estatal nessas cidades.