Uma testemunha ouvida no fim da tarde de ontem pela polícia,na Capital, disse que dois homens estão envolvidos na morte do vice-presidente da Associação Desportiva São Caetano, Luiz de Paula, o Batata,54 anos, e de seu irmão, Adilson de Paula, 47.

Segundo depoimento dado ao delegado Luiz Eduardo de Aguiar Marturano, titular do 56º Distrito Policial, que investiga o caso, a moto interceptou, em semáforo da Rua Baía Grande, próximo à Rua Giestas, na Vila Prudente, Zona Leste da Capital, o Palio preto onde estavam os irmãos. Em seguida, o garupa desceu da motocicleta, andou em direção ao carro, abriu uma das portas e efetuou dois tiros certeiros na região superior do tórax dos dois ocupantes.

O delegado disse que outras duas pessoas que presenciaram o crime ainda serão ouvidas. Familiares também serão chamados para depor.

Na noite de segunda-feira, três pessoas já haviam prestado depoimentos. Segundo o delegado, o motoqueiro usava capacete e jaqueta pretos e fugiu no sentido contrário. Além disso, a moto teria um baú acoplado na traseira.

Ontem, uma diligência realizada pela equipe do 56º DP, na Rua Baía Grande, não encontrou imagens captadas por câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais ou condomínios. Os vídeos poderiam ajudar a elucidar as mortes. Segundo Marturano, as câmeras pesquisadas não estão funcionando ou somente gravam a área da calçada, sem mostrar a rua.

BLINDAGEM
Batata, como era conhecido o dirigente do São Caetano, era quem estava na direção do veículo, e Adilson, que também trabalhava no clube, no banco do passageiro. Eles pegaram um carro pertencente ao clube para buscar o veículo blindado de Batata em uma oficina mecânica, localizada no bairro de Santo Amaro, Zona Sul da Capital.

Logo após o crime, eles foram socorridos e levados ao Hospital Vila Alpina, mas não resistiram aos ferimentos.

A polícia trabalha com a hipótese de briga de trânsito por conta das circunstâncias. Nada foi roubado das vítimas ou do interior do automóvel. Mas não descarta a possibilidade de se tratar de uma execução. Segundo o delegado, nesse tipo de crime geralmente são feitos vários disparos, e sempre na região da cabeça. Mas o depoimento da testemunha deixa mais dúvidas sobre a motivação dos crimes.