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Campanha por Simão contabiliza R$ 1.000

Ação tem como meta ajudar morador de rua de Santo André a levar cães com ele para o Maranhão

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
29/06/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A corrente para ajudar o morador de rua Simão Pinheiro da Costa, 43 anos, no retorno para a cidade de Buriti Bravo, no Maranhão, continua. A campanha, encabeçada pela amiga Norma Elaine Pezzolo, começou a dar os primeiros frutos e já arrecadou cerca de R$ 1.000. Simão quer levar seus três companheiros, os cães que o ajudaram nos momentos mais difíceis.

Para auxiliar o amigo, que está há mais de 20 anos sem ver a família, Norma faz cestas de produtos de beleza. “Já consegui fechar uma rifa. Encontrei muitas pessoas dispostas a fazer doações e estou vendo a possibilidade de abrir conta para a campanha”, afirma.

Quem também ajudou Simão foi a clínica veterinária Zoo Vet Care e Pet Shop Zoo Point, do bairro Barcelona, em São Caetano. Os sócios Carlos Évora e Rogério Juzo fizeram a doação de uma caixa para transporte de um dos cachorros de Simão.

“Eu disse que não poderia contribuir com as três caixas, mas conseguimos deixar uma para ele. Acho que já é uma ajuda, acredito que se você planta o bem, também vai receber o bem de volta”, afirmou Juzo.

Enquanto isso, Simão, que havia planejado voltar para casa em julho, aguarda a data ansioso. Ele ficou emocionado quando foi informado das doações. “Não sei nem como agradecer tudo isso que está sendo feito. Acho que de pouquinho em pouquinho vou conseguir rever a minha família e levar o Negão, a Neguita e o Marrom”, comemora.

Enquanto espera, o morador de rua fez algumas adaptações na esquina onde vive em Santo André por causa do frio. Ele tem duas barracas, sendo uma delas só para os três cachorros. Os bichos vivem com cobertores doados, assim como o proprietário. “Todo ano, nesse período de inverno, tem esse problema. Mas a gente vai se aquecendo como dá. Espero que em breve todo esse frio que eu passo aqui nas ruas fique só na memória mesmo.”

Simão também afirmou que foi muito questionado por pessoas que diziam que ele não deveria se preocupar com os cachorros. “Muita gente acha que é fácil. Só voltar mesmo e pronto, mas não é assim. Eles foram a minha família em todos esse tempo que eu fiquei aqui”, disse.

Quem quiser ajudar a história do Simão a ter um final feliz pode entrar em contato com a Redação do Diário. As doações serão direcionadas para Norma. 




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