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Secretária decide que creches não terão mais vigia noturno
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
22/04/2004 | 21:54
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A secretária de Educação de Santo André, Cleuza Repulho, afirmou nesta quinta que vai retirar gradualmente os vigilantes noturnos das creches da cidade após os dois casos de agressão sofridos por funcionários da empresa Officio Serviços de Vigilância e Segurança, que fazem a segurança patrimonial nas escolas municipais. “Uma pessoa desarmada não tem condição de se defender”, justificou. Segundo Cleuza, eles serão transferidos para plantões diurnos.

Na madrugada de quarta-feira, três homens invadiram a creche Professor Hideki Koyama, na avenida Cata Preta, no Parque João Ramalho. Os assaltantes entraram pela janela da cozinha e agrediram com chutes na cabeça o único vigilante que cuidava da escola e roubaram sua carteira.

Cleuza afirmou que os vigias “têm acesso” ao alarme e que não é necessário treinamento para apertar o botão de pânico, que aciona a Guarda Municipal em situações de emergência. Um dos vigias do prédio da creche disse que o botão fica normalmente trancado na sala da diretoria. Um outro afirmou não saber onde ele se encontrava. Segundo a secretária, o vigia agredido no assalto, J.F.S., relatou que o botão foi apertado, mas sem resultado. Nesta quinta, o botão de pânico funcionou em um teste, tal como após o roubo à creche Professor Antonio de Oliveira, no Jardim Alvorada, no dia 10.

A secretária afirmou “estranhar” os dois assaltos, por nada de valor ter sido roubado. O monitoramento com quatro câmeras do sistema de segurança, instalado pela Plantec Engenharia em prédios públicos, aparentemente não flagrou nenhuma cena do roubo, de acordo com Cleuza.

Segundo a empresa Plantec Engenharia, o sistema funciona corretamente e foi projetado para atender áreas consideradas estratégicas nas escolas. “Os funcionários não receberam instruções técnicas porque a Prefeitura não solicitou o nosso treinamento”, disse Hélio Ferraz, diretor executivo da Plantec. Ele também afirmou que as câmeras começam a gravar apenas quando o botão de pânico é acionado, e que as imagens são transmitidas ao vivo para a central de monitoramento da Prefeitura. Há 300 câmeras espalhadas por 70 prédios públicos municipais. O sistema tem um custo anual de R$ 400 mil para a Prefeitura.

Direção – A diretora da creche, Taís dos Santos, preferiu não comentar o roubo, mas afirmou que nunca uma geladeira foi levada da creche por ladrões, como relatado por vigias ouvidos pelo Diário, e que o computador roubado no começo do ano passado foi reposto. Durante a manhã desta quinta, foram trocadas as fechaduras e os cadeados da creche, já que os ladrões levaram a chave. O vidro quebrado da janela também foi trocado.




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