Política Titulo Rumo a Brasília
Filippi é cotado para assumir ministério de Dilma
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
31/10/2011 | 07:00
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Tiago Silva/DGABC


O ex-prefeito de Diadema e deputado federal José de Filippi Júnior (PT) é um dos cotados para integrar o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff (PT) a partir de 2012, quando haverá reforma ministerial promovida pela presidente.

Tesoureiro da campanha de Dilma em 2010, Filippi goza de prestígio junto à alta cúpula petista em Brasília. É um dos poucos deputados com livre trânsito na Esplanada e é considerado pelos colegas de Congresso como um dos principais articuladores do governo.

O nome dele tem sido ventilado nos corredores da Câmara para ocupar a gerência do Ministério das Cidades, hoje nas mãos de Mário Negromonte (PP). O progressista foi alçado ao cargo por acordo político, mas recentemente perdeu apoio do PP no Congresso e tem sofrido para se manter na pasta. Engenheiro civil, o petista tem perfil técnico para comandar o Ministério.

Nenhum petista de Diadema afirmou conhecer a possibilidade, até porque a reforma ministerial é assunto guardado a sete chaves pela presidente Dilma. Mas alguns avaliam que as boas administrações de Filippi em Diadema - primeira cidade governada pelo PT - e a capacidade técnica são trunfos importantes na corrida pela nomeação.

Diadema tem dois representantes em cargos de destaque no governo federal. Regina Miki, ex-secretária de Defesa Social e que promoveu políticas que reduziram drasticamente os índices de violência na cidade, comanda a Secretaria Nacional de Segurança Pública. Jorge Hereda, ex-titular de Habitação e Desenvolvimento Econômico, é presidente da Caixa Econômica Federal. Ambos trabalharam na Prefeitura durante as gestões de Filippi.

O deputado não retornou as ligações do Diário para comentar o assunto. Em outras entrevistas, negou ter influência direta nas articulações do Executivo e disse que a missão é de Cândido Vacarezza (PT), líder do governo na Casa, e Paulo Teixeira, líder do PT.

Reforma ministerial - Além de Negromonte, a ministra de Cultura, Ana de Hollanda, e o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), estão na corda bamba. Os dois não contam com apoio integral da base aliada de Dilma e devem deixar o governo na reforma ministerial do ano que vem - principalmente porque Dilma pretende se livrar de heranças deixadas por seu padrinho político, o ex-presidente Lula.

Dilma já trocou seis ministros em dez meses de mandato. Grande parte dos gestores foi exonerada por suspeitas de irregularidades cometidas. O primeiro a sair foi Antonio Palocci (PT), ex-Casa Civil, após denúncia de aumentar 20 vezes o patrimônio em dois anos. Alfredo Nascimento (PR) caiu por escândalos no Ministério dos Transportes, assim como Wagner Rossi (PMDB) na Agricultura.

Nelson Jobim (PMDB, Defesa) foi exonerado depois de declarar ter votado em José Serra (PSDB) na eleição presidencial. Pedro Novais (PMDB, Turismo) deixou a Esplanada acusado de pagar governanta com verba pública.

O último ministro a cair foi Orlando Silva (PCdoB), do Esporte, na quinta-feira.




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