"Cuba apoia o Brasil nesta batalha e convoca outros países e organizações internacionais a respaldarem as ações e demandas desse governo encaminhadas a favorecer soluções mais amplas e de fundo na luta contra a Aids", diz a declaração.

A chancelaria cubana opinou que "por desumano, é inaceitável que interesses de caráter comercial, tecnicismos ou afãs de lucro se contraponham ao direito dos povos de aplicar soluções a doenças que constituem um flagelo para a humanidade".

O governo brasileiro manifestou sua reprovação aos altos preços que as filiais de transnacionais farmacêuticas no Brasil impõem aos remédios contra a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids).

Diante da recusa dessas empresas de considerarem as cotações dos medicamentos, Brasília se dispôs a aplicar o artigo 68 de sua Lei de Patentes, a qual pode anular as patentes de filiais de laboratórios estrangeiros que não produzam remédios no país em um prazo de três meses ou apliquem preços abusivos.

A chancelaria cubana destacou que "o Brasil acumula uma longa experiência e alcançou um alto desenvolvimento tecnológico nos últimos anos na prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da Aids".

Além de ter um programa de controle gratuito para a Aids, o Brasil "já mostrou sua disposição e vontade de estender a cooperação técnica e complementar os esforços nacionais dos países subdesenvolvidos, que são os que de forma mais dramática sofrem as consequências da Aids", precisou o texto.