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Prefeito é cassado enquanto corpo de vereador era velado
12/10/2007 | 09:21
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Um dia após o assassinato do vereador Rivelino de Oliveira (DEM), executado com tiros no peito e na cabeça, a Câmara de Coronel Macedo, no Interior de São Paulo, cassou ontem o mandato do prefeito Antonio Batista Tonon (PR). A Polícia Civil investiga possível envolvimento do agora ex-chefe do Executivo no crime.

Acusado de corrupção e desvio de verbas públicas, Tonon foi afastado do cargo pela Justiça, mas dependia do julgamento da Câmara para perder ou recuperar o mandato. Oliveira era relator do processo e votaria a favor da cassação. Seu corpo estava sendo velado na cidade quando a cassação foi aprovada por seis votos a dois.

Velório - Um dia antes do crime, o presidente da Câmara, Aloísio Batista da Silva (PMDB), tinha recebido um telefonema avisando que a sessão seria substituída por um velório. No final de agosto, a polícia havia descoberto um plano para envenenar com raticida os vereadores contrários ao prefeito. Oliveira seria uma das vítimas.

O vereador foi sepultado no final da tarde de ontem, logo após a sessão da Câmara. O clima estava tenso na cidade e a Polícia Militar teve que mandar reforços.

Flagrante - Tonon foi flagrado pela polícia em novembro do ano passado, quando oferecia dinheiro ao vereador Marcos Antonio Barbosa de Lima (PSDB) para que votasse em sua mulher, a vereadora Maria Aparecida Tonon (PL), para a presidência da Câmara.

Em fevereiro deste ano, Tonon foi acusado pelo promotor Flávio Okamoto de manter um esquema de notas frias para beneficiar o vereador Nilton Donizeti Machado (PP), dono de uma oficina em que eram consertados veículos da prefeitura.

A Câmara abriu processo de cassação contra os acusados. Machado foi cassado na última sexta-feira, com o voto do vereador Oliveira. Durante a sessão, a Câmara ficou às escuras porque supostos partidários do prefeito teriam sabotado o sistema elétrico.



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