As micro, pequenas e médias empresas, que tradicionalmente já têm dificuldades na concessão de crédito - e com a crise tiveram a situação piorada por conta da falta de garantias de pagamento -, também foram beneficiadas com o pacote de medidas do governo federal.

Foram criados dois fundos garantidores de crédito para as pequenas e médias empresas. Serão disponibilizados R$ 1 bilhão nos fundos neste ano e outros R$ 3 bilhões em 2010. Um dos fundos será administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o outro pelo Banco do Brasil.

Até dezembro de 2009, a Caixa Econômica Federal terá para disponibilizar a esse público R$ 22 bilhões com o lastro do fundo garantidor do governo, que, em caso do não pagamento do empréstimo, ele vai arcar com até 80% do valor.

Além disso, as taxas sofreram redução média de 50%. Ao todo, existem sete linhas. Uma delas, a Proger teve sua taxa reduzida de 6% ao ano mais TR (Taxa Referencial) ou TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) para 2,5% + TR ou TJLP ao ano. A Finame, passou de 6,4% ao ano + TR ou TJLP para 2,87% + TR ou TJLP.

Aliada à medida, a Caixa lançou uma linha de crédito rotativo de até R$ 800 para micro empresários que faturem até R$ 36 mil anuais. "A ideia é formalizar o maior números de empreendedores, com isenção de taxas", afirmou Márcio Percival, vice-presidente de Financiamentos da Caixa.

O Banco do Brasil também vai ampliar suas linhas de crédito, com um adicional de R$ 11,6 bilhões, atingindo R$ 43 bilhões o montante disponível para a micro e a pequena empresa.

Poderão se candidatar ao financiamento empresas com faturamento de até R$ 15 milhões. A capacidade é para atender 303 mil empresas. Ainda, as taxas de capital de giro e investimento terão redução de 30%.

Aos negócios com garantia do fundo, estão reservados R$ 38 bilhões.