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Um marujo bem trapalhão
Ana Clara Werneck
da TV Press
13/01/2008 | 07:02
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Na briga para conquistar a audiência do público infantil nas férias, a Globo insere nas tardes de sua programação de verão uma das poucas novidades deste início de ano. É a microssérie Poeira em Alto Mar, protagonizada por Renato Aragão em seu papel mais famoso, o Didi Mocó. O projeto inicial, do próprio Renato, era de um filme sobre dupla de amigos que, fugindo de um marido traído, entra em um navio e apronta todas durante um cruzeiro.

Como o projeto não saiu do papel pela Globo Filmes, a emissora ofereceu ao humorista formato inédito em sua carreira: a microssérie, com cinco capítulos. O resultado pode ser conferido a partir de 25 de fevereiro, às 17h. Para assinar o roteiro final, Renato escalou Paulo Cursino, parceiro antigo. “Renato queria misturar Aviso aos Navegantes com Lost. Parece caótico, mas não é. Foi instigante”, diz Cursino, referindo-se à chanchada de 1950 e ao seriado.

Na história, Didi foge de Sandoval (Miguel Nader), o marido traído. Para isso, conta com a ajuda do amigo Peteco (Rodrigo Faro). Eles estão no cais do porto do Rio e se escondem em um navio. Lá, conhecem o ajudante do capitão, Davi (Daniel Erthal), que os convida para apresentar atrações no cruzeiro.

Para surpresa da dupla, Sandoval é garçom lá. “A gente passa a maior parte do tempo correndo. Mas o Didi não muda, mesmo debaixo de porrada do Sandoval”, brinca Aragão, orgulhoso de seu fôlego.

Como toda história de Didi, pombinhos não faltam. Peteco é parte do casal cômico. Se apaixona por Doroti (Ildi Silva). Ela é fisgada, mas não corresponde, pois está acompanhando Joana (Milena Toscano) para espantar os rapazes que se aproximam da garota, noiva de um homem escolhido pelo pai.

Mas a marcação é inútil. Joana se encanta por Davi. O pai, Armando (José Augusto Branco), claro, odeia o pretendente. Tudo muda no terceiro capítulo. Armando vai buscar a filha de iate. O barco é sabotado e explode. O grupo acaba em uma ilha deserta e é encontrado por Davi, que conquista o sogro.

O elenco também participa de um clipe de encerramento. Embalados por ritmo caribenho, os personagens dançam com imagens marítimas ao fundo, projetadas em chroma-key.

Não há coreografia pré-estabelecida. “Só a improvisação permite o ritmo contagiante que pretendemos ”, acredita o diretor Marcus Figueiredo.

O público terá uma “grande história de verão”, nas palavras do diretor. Que se traduz em imagens praianas recheadas de ação. Para isso, Marcus conta que apostou em edição ágil, típica de cinema.

No estúdio, foram gravadas cenas do interior do navio, enquanto outras foram captadas dentro de uma embarcação de verdade, com passageiros reais.



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