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Oposição denuncia fraude nas legislativas no Cazaquistão
Da AFP
20/08/2007 | 11:44
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A oposição no Cazaquistão impugnou nesta segunda-feira os resultados das eleições legislativas realizadas no sábado, nas quais o partido no poder, o Nur Otan, obteve todos as cadeiras do parlamento.

"Não podemos reconhecer de maneira alguma um resultado marcado por fraudes flagrantes", assegurou o chefe do principal partido de oposição, o Partido Social-Democrata (OSDP), Jarmakhan Tuyakba.

Segundo os resultados, o Nur Otan conseguiu 88% dos votos nas eleições legislativas denunciados pela OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) por não cumprimento dos padrões internacionais.

O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, no entanto, celebrou a vitória na madrugada deste domingo com um show para três mil partidários em Astana.

Nazarbayev também comemorou a alta taxa de participação: "65% é o melhor resultado que vimos nas eleições parlamentares nos últimos anos".

Os resultados concedem ao Nur Otan a totalidade das 98 cadeiras parlamentares. As nove restantes serão entregues a outro órgão oficial, a Assembléia dos Povos do Cazaquistão.

A principal formação opositora, o social-democrata OSDP, não teria conseguido os votos suficientes para chegar aos 7% mínimos.

Fiscalização - A OSCE, que enviou uma missão de observadores, denunciou que apesar das eleições refletirem certos progressos, não cumpriram com um certo número de padrões internacionais.

Segundo a organização, a votação transcorreu com normalidade e o processo pré-eleitoral foi transparente, mas a apuração dos votos foi avaliada negativamente pelos observadores em mais de 40% dos colégios eleitorais visitados.

Desde 1991, nenhum dos processos eleitorais realizados no Cazaquistão foi reconhecido como livre e transparente pela comunidade internacional.

 A arrasadora maioria obtida pela formação no poder dissipa assim as esperanças de converter essas eleições num primeiro passo para a pluralidade e a democracia no país, conforme prometida pelas autoridades no poder durante a campanha eleitoral.

As autoridades, no entanto, asseguram que esta votação é um marco na democracia do país, argumentando que a convocação foi feita dois anos antes do previsto em conseqüência de uma série de reformas constitucionais para dar protagonismo à oposição.




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