Lagos ``nao vai deixar impune' o ex-general chileno se finalmente o ministro do interior britânico, Jack Straw, decidir repatriá-lo por razoes de saúde.

O presidente eleito, que assumirá no próximo dia 11 de março, reiterou em várias ocasioes que se Pinochet voltar ao Chile haverá ``independência do poder judiciário' para processar o ex-general.

Num caso como o chileno, ``a única possibilidade de ter paz consigo mesmo e com o ambiente que o cerca é a garantia da Justiça', afirmou Helena Henriques, em coletiva à imprensa quando inaugurava as jornadas ``Para uma cultura de paz e nao violência', que serao celebradas esta quinta e sexta-feira na Universidade de Navarra.

As jornadas foram organizadas por essa universidade em colaboraçao com a Unesco, em comemoraçao ao Ano Internacional da Cultura da Paz, este 2000. Helena Henriques afirmou que o Chile ``tem sofrido muito e é um povo que redescobre sua história'. Seu governo ``tem a preocupaçao de que o povo possa fazer as pazes com a memória'.

Além disso, graças ao caso Pinochet', ``os ditadores vao saber que um dia responderao à Justiça, e nunca mais um político vai agir impunemente', algo que ``devemos em grande parte à Espanha, que teve na pessoa do juiz Baltasar Garzón coragem e perseverança como jamais vi', concluiu a coordenadora da Unesco.