O primeiro decreto assinado pelo Pontífice reconhece que a religiosa albanesa, falecida aos 87 anos, em 1997, e que passou quase toda sua vida na Índia, exerceu as chamadas "virtudes heróicas".
O segundo documento reconhece a autenticidade de um milagre atribuído a Madre Teresa, a cura inexplicável e repentina, em 1998, de um tumor no estômago de uma mulher indiana, Monika Besra, de 30 anos. Um segundo milagre é necessário para que ela seja canonizada.
O Papa, grande admirador da religiosa, recebida várias vezes no Vaticano, assinou os decretos durante uma cerimônia realizada na Sala Clementina e presidida pelo cardeal português José Saraiva Martins, prefeito da congregação para a Causa dos Santos.
"Com seu exemplo, ela deu à luz um movimento importante de pessoas comprometidas em atividades sociais e em fazer caridade aos mais pobres entre os pobres", disse Martins, que afirmou que Madre Teresa já é considerada "santa" em todo o mundo.
O milagre foi aprovado no início de outubro passado pela Congregação das Causas dos Santos, que analisa o caso. Besra foi supostamente curada depois que uma imagem de madre Teresa foi colocada sobre sua barriga e que rezaram para a religiosa. Médicos indianos, porém, afirmam que a cura foi conseguida graças aos avanços da medicina e ao tratamento eficaz que recebeu.
A beatificação, último passo antes da canonização, deve ocorrer no dia 19 de outubro, em Roma. Madre Teresa será o primeiro prêmio Nobel a ser proclamado beato. João Paulo 2º já realizou mais de 1.300 beatificações e 470 canonizações desde que foi eleito, em 1978, mais do que todos seus antecessores.
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