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CPI da Nike investiga diplomata na Bélgica
Das Agências
21/12/2000 | 00:35
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O Itamaraty vai investigar a denúncia de que um de seus representantes na Bélgica, o assistente de chancelaria Otávio Monteiro de Barros Almeida, estaria duplamente envolvido nas irregularidades investigadas pela CPI da Nike. Ele é suspeito de participar das transaçoes de compra e venda de jogadores menores na Europa e de atuar no esquema dos passaportes falsos utilizados por atletas brasileiros. A informaçao foi prestada nesta quarta ao secretário-geral do Ministério das Relaçoes Exteriores, o embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, pelos deputados da comissao.

O deputado Eduardo Campos (PS-PE) contou que alguns empresários e jogadores apontaram o envolvimento do diplomata. Campos disse que Monteiro de Barros negou tudo, ao ser questionado pelo embaixador brasileiro naquele país, Márcio Dias. "Ele se limitou a justificar que ajuda esses jogadores porque tem um coraçao muito grande", afirmou o deputado, que nao acredita nessa versao.

O motivo do encontro com o embaixador Seixas Corrêa foi mais amplo. Os parlamentares querem que o Itamaraty reúna informaçoes na Bélgica, Itália, França, Holanda, Portugal e Polônia para ajudar a CPI nas investigaçoes sobre passaportes falsos e as transaçoes suspeitas.

Para o presidente da CPI, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a atuaçao da diplomacia brasileira vai obrigar os empresários e clubes europeus a assumir a responsabilidade pelo esquema. Afinal, considera que sao eles os principais beneficiados pelas irregularidades.

Rebelo sugere que a comissao também peça ajuda à Fifa, sobretudo para ter acesso à lista de brasileiros que atuam nas ligas européias. Segundo o deputado Pedro Celso (PT-DF), há cerca de três mil atletas brasileiros radicados na Europa, muito dos quais em situaçao de dificuldade.




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