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Moradores denunciam manifestação do MTST

Protesto, marcado para amanhã, pretende pressionar prefeito de S.Bernardo a negociar moradias

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
20/12/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Integrantes do MCI (Movimento Contra a Invasão), que representa 10 mil moradores do bairro Assunção e entorno, denunciam o agendamento de protesto, por parte do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), para amanhã, na Estrada Galvão Bueno, no bairro Batistini. Conforme o grupo, formado por síndicos e subsíndicos dos condomínios da Avenida Dom Jaime de Barros Câmara, a manifestação tem o objetivo de tentar pressionar a Prefeitura de São Bernardo a negociar com os líderes do movimento social.

O MCI revela que o protesto foi convocado na tarde de segunda-feira, durante assembleia realizada no acampamento denominado Povo Sem Medo, ocupado pelo MTST desde o dia 2 de setembro. A concentração dos manifestantes foi agendada para as 15h, na esquina das estradas Galvão Bueno e Marco Polo, endereço próximo a supermercado da família do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB).

“Eles querem pressionar a Prefeitura, que em nenhum momento abriu diálogo, diferente do governo do Estado, que cedeu ao diálogo, mas não ofereceu nada de concreto. Se eles querem moradia, que entrem nos cadastros habitacionais da cidade, mas invadir não”, observa um dos coordenadores do MCI, Marcelo Mendes Vicente.

Após reunião realizada no dia 11 entre líderes do MTST e o Gaorp (Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse), a Justiça suspendeu – até 10 de abril de 2018 – a ordem de reintegração de posse da área particular (de propriedade da MZM Incorporadora) ocupada pelo movimento social. O prazo foi autorizado para que seja concluída negociação entre o governo do Estado e o MTST para cessão de terreno para construção de moradias para as 8.000 famílias instaladas no Assunção.

Em contrapartida, os acampados têm o dever de deixar o terreno de forma voluntária. Caso contrário, a Polícia Militar se comprometeu a realizar, em até 30 dias após o término do prazo, reintegração de posse da área.

Líderes do movimento social prometeram diminuir o ritmo de manifestações. Além disso, existe a necessidade de comunicar oficialmente a PM (Polícia Militar) sobre o protesto.

A PM não conseguiu confirmar, até o fechamento desta edição, se houve aviso sobre o protesto. O MTST, por sua vez, não divulgou oficialmente o ato.

 




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