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Aidan atua para manter cadeiras
Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
01/08/2011 | 07:45
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Para o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), a população não vai enxergar com bons olhos o acréscimo de seis vereadores no Legislativo, colocando lenha na discussão que vai propiciar aumento no número de cadeiras.

Aidan questiona a necessidade de se acrescentar vagas na Câmara, pois subirão os gastos com novos gabinetes. O petebista observa, porém, que a avaliação final fica por conta dos parlamentares. O Executivo repassa ao Legislativo 4,5% do Orçamento, e a tendência é que caia drasticamente a sobra restituída aos cofres públicos ao fim do ano em caso de aumento. Em 2010, a administração enviou R$ 39,3 milhões à Casa, sendo que a média de devolução dos últimos seis exercícios é de R$ 5,5 milhões.

"Talvez não devolva nada ou até falte (com o aumento), porque terá de comprar carro, espaço, computador, gasolina, esse valor (R$ 5,5 milhões) não dá. Acaba criando problema sério", disse o prefeito, sugerindo pesquisa junto aos munícipes para detectar se a maioria aceita acréscimo para a próxima legislatura. "Mas, de qualquer forma, vou me render ao que eles definirem, pois não é decisão de governo, senão já estaria tomada."

Segundo o prefeito, pequenos partidos serão os maiores interessados na aprovação da lei ao limite máximo, tendo em vista diminuição da quantidade de votos para ser eleito. Mas o ressalta que deveria ser pesado se mais gabinetes reverterão em benefício à cidade. "Como explicar acréscimo de 21 para 27 vereadores para a população? Precisa por quê? Qual é a deficiência existente hoje?", indaga.

Contabilizado o reajuste do salário a partir de 2013, quando os vereadores passarão a receber R$ 15 mil ante os atuais R$ 9,3 mil, e as despesas com as seis eventuais vagas, em 12 meses, o montante adicional chega a R$ 5,2 milhões. "Seis vagas acredito ser exagerado, mas duas ou três cadeiras seriam necessárias", afirma o vereador Israel Zekcer (PTB).

Para o líder do governo Donizeti Pereira (PV), o assunto tem de ser tratado no Legislativo, partidos e sociedade. "É importante lembrar que não aumenta verba. E adianta devolver (verba) e ter produtividade deficitária? Defendo amplo debate público para criar condições de aumentar a forma de representação e avaliar como melhorar aplicar a devolução."

O vereador Tiago Nogueira (PT) salienta que a mudança deveria começar pela qualidade da produção de cada parlamentar. "Aqui temos cumprido papel, realizado audiências, guardando as pluralidades, por isso sou contrário, porque não vejo que aumento vai se reverter em ganho.




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