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Obra na José Odorizzi gera caos

Com construção do Corredor Leste-Oeste, via tem
apenas uma faixa liberada; há falta de informação

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
30/07/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Moradores do Parque dos Pássaros, em São Bernardo, estão incomodados com as obras do Corredor Leste-Oeste realizadas pela Prefeitura na Avenida José Odorizzi. A via, que é residencial, fará parte de interligação que sai da divisa com Diadema, pela Estrada Samuel Aizemberg, e vai até a Praça dos Bombeiros, na região do Jardim Irajá. Haverá implantação de dois corredores de ônibus. O custo total do viário, que tem 13 quilômetros e contará com três viadutos, é de R$ 165 milhões. Porém, quase nada disso foi informado aos moradores da José Odorizzi, que afirmam desconhecer o projeto e seus impactos no local.

Conforme a dona de casa Nazaré da Silva Alves, 71 anos, que mora no bairro há 35, faltou diálogo. “Ninguém veio nos procurar para explicar a obra. A gente pergunta para os trabalhadores e cada hora falam uma coisa, que vão cortar a calçada ou que vão fazer um muro.”

“Cheguei até a ver um vídeo do projeto, mas não consegui entender direito o que vai ser feito. Vivo aqui desde 2007 e sempre foi muito tranquilo, mas agora, com as obras, mal conseguimos receber visitas porque não tem onde estacionar”, disse o superintendente de operações Marcelo Francheschi, 48.

Após as intervenções, uma parte da avenida que dava para um terreno será interligada à via principal, que vai até o Viaduto Tereza Delta. Apenas uma faixa está liberada atualmente, o que faz com que o fluxo de carros aumente. Os moradores que estão do lado do canteiro precisam deixar o carro do lado de fora de casa. É perigoso até para os pedestres que transitam por ali e disputam espaço com os veículos.

Os moradores criaram uma página no Facebook com o nome de Obras na Avenida José Odorizzi – Cadê o Projeto?, e já tem mais de 100 curtidas.

“Não temos espaço, além dos carros que passam em alta velocidade. Acabou o sossego”, disse o aposentado Luiz Carlos Pereira, 69.

A preocupação da auxiliar administrativa Tatiana Cordeiro, 33, é com as crianças. “Só tem uma placa de 40 km na metade da rua, então, os carros sobem com tudo. Temos muitas crianças no bairro e dá aquele medo de um acidente.”

Para quem está de mudança como Edgar Lima, 27, o transtorno também é grande. “Os caminhões não conseguem subir até a minha casa.”

Um funcionário que não quis se identificar explicou ao Diário que a José Odorizzi passará a contar com quatro faixas de rolamento, sendo que duas serão utilizadas como corredor de ônibus e outras duas ficarão para os demais veículos. Procurada para detalhar a obra e prazos, a Prefeitura não se pronunciou. 




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