Visual é uma questão bem trabalhada pela General Motors. A montadora apresentou dois kits de acessórios para diferenciar o Agile. Tanto o Sport quanto o Sunny têm a missão de atrair consumidores que buscam algum traço de exclusividade.

À primeira vista, os kits não dão um grande impacto ao Agile, um carro que ainda constrói sua imagem no mercado. "Mas tem o consumidor que busca algum acessório que combine com seu estilo de vida", reforça Luiz C. Lacreta, diretor-geral de operações pós-vendas da GM.

O kit Sunny busca deixar o Agile com aspecto aventureiro, mas sem apelar para o batido off-road. Por R$ 4.933 acrescentados ao preço final do veículo - vendido a partir de R$ 37.708 - o kit traz aerofólio, rodas de alumínio com aro de 16 polegadas, pneus 195/55, rack de teto e protetores de para-choques pintados na cor do veículo.

Visualmente, o equipamento que mais se sobressai no Sunny é o rack de teto, pensado para atender quem utiliza o Agile para práticas esportivas.

Como o próprio nome diz, o Sport tem a intenção de deixar o hatchback compacto com caracterização urbano-esportiva. Por R$ 5.346, o consumidor agrega ao veículo aerofólio, spoilers dianteiro e traseiro, saias laterais, rodas de alumínio com aro de 16 polegadas, faróis do tipo máscara negra, lanterna traseira esportiva e pneus 195/55.

De acordo com Marcos Munhoz, diretor de marketing e vendas da General Motors, os kits foram pensados desde o desenvolvimento do Agile - lançado em outubro. A decisão de só apresentar os itens agora faz parte da estratégia de marketing da montadora, que disponibiliza ainda uma extensa lista de acessórios relativos à segurança, aparência, conforto, conveniência e sonorização.

Entre outros acessórios disponíveis para o Agile estão itens como alarme com controle remoto, faróis de neblina, sensor de estacionamento traseiro, lâmpadas blue vision nos faróis e porta-objetos.

Munhoz afirmou que os kits poderão ser instalados em mais de 550 concessionárias da Chevrolet no País. "Uma vantagem é que o valor dos kits pode ser diluído nas prestações, caso o veículo tenha sido adquirido por meio de algum plano de financiamento", acrescentou o diretor de marketing. Os kits têm um ano de garantia, mesmo período de garantia para o modelo.

Mercado em crescimento

Um mercado de R$ 4 bilhões. Este é o total estimado de vendas de acessórios entre as montadoras e o comércio paralelo em todo o País. E o negócio só tende a crescer.

"É inacreditável que até bem pouco tempo atrás as montadoras não olhassem para esse mercado, deixando revendedores independentes atuarem sozinhos", afirmou Luiz Lacreta, diretor-geral de operações de pós-vendas da General Motors. "Nossa intenção é crescer cada vez mais neste segmento", disse.

Segundo Lacreta, a General Motors vai faturar neste ano R$ 230 milhões com a venda de acessórios para a rede de concessionárias, que chegam a faturar R$ 500 milhões com a revenda e instalação de kits e outros itens.

Um dos primeiros carros da Chevrolet a ter série de acessórios foi a S10. Depois, foi a vez do Celta.

Outras marcas também adotaram o recurso. O Ford Fiesta, por exemplo, lançou o kit trail, que depois passou a ser uma versão do modelo.

Kits e acessórios são desenvolvidos pela engenharia das montadoras em parceria com fornecedores de autopeças, com padrões estabelecidos pelas fábricas.

Segundo Lacreta, o Agile foi projetado para receber uma série de acessórios. Fora o Omega, todos os 17 modelos da General Motors têm versões que podem receber a instalação de acessórios nas revendas autorizadas. A GM oferece para seus clientes uma linha com mais de 500 itens.