Cultura & Lazer Titulo Del Rey
Robertão ainda é 'uma brasa' para jovem banda
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
19/04/2009 | 07:00
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Pérolas do repertório de Roberto Carlos interpretadas em clima de diversão e feitas sob medida para diversos públicos - desde os que tiraram carteira de motorista nos tempos de O Calhambeque até os jovens que frequentam badalados espaços paulistanos. Essa é a proposta da banda pernambucana Del Rey, formada pelo vocalista China (ex-Sheik Tosado) e integrantes do grupo Mombojó, uma das gratas surpresas do pop nacional.

Criada há cinco anos para atender ao pedido de uma amiga que precisava animar a festa de aniversário, o conjunto apresenta-se em bailes, casamentos e clubes como o Studio SP, na Capital. Apesar de não revelar o cachê, o cantor China afirma que o Del Rey é mais rentável que os trabalhos autorais dos músicos.

Entretanto, faz questão de deixar claro que não tem a menor intenção de manter-se somente com releituras de canções do Rei. "Quando tocamos as músicas dele é como em um jogo em que você já começa ganhando de um a zero. Claro que a aceitação é mais fácil. Eu até quero ser o Roberto Carlos, mas com as minhas músicas", explica o intérprete.

JOVEM GUARDA
A paixão de China, 29 anos, pelas composições de Roberto Carlos começou na infância. "Quando era moleque, meus pais gostavam muito de um programa de rádio que tinha lá em Recife chamado Jovem Guarda", relembra.

O set list do Del Rey inclui sucessos dos tempos do iê-iê-iê, casos de Eu Sou Terrível, Negro Gato e As Curvas da Estradas de Santos, além de hits posteriores, como Coisa Bonita (a melô das gordinhas) e Caminhoneiro.

China admite que já teve aversão às músicas gravadas na década de 1980, período em que o ídolo cantava sobre a Amazônia e trazia uma pena presa ao mullet. "Quando era mais novo achava cafona, mas de modo geral, os timbres dos anos 1980 eram cafonas mesmo. Todo grande artista tem seus deslizes, mas acho que o Roberto conseguiu manter-se bem", afirma o vocalista.

Além do quesito musical, China destaca a habilidade de Sua Majestade para lidar com as regras do mercado fonográfico. "Ele construiu uma carreira como ninguém, fez tudo certo. Até soube deixar de ser Jovem Guarda na hora certa", destaca o vocalista. Apesar dos elogios da crítica especializada, o Del Rey ainda não foi reconhecido pelo homenageado.

"Temos amigos em comum na assessoria dele, mas o Roberto nunca falou nada sobre a banda. Não temos vontade de gravar disco e nossa única meta é tocar no programa de fim de ano dele na Globo. Nossas mães passariam mal de emoção porque seria o maior orgulho que poderíamos dar a elas".

 




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