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Empresa simula vazamento e esvazia casas em Mauá

Operação vai envolver 600 moradores do Jardim Sônia Maria

Por Angela Martins
Do Diário do Grande ABC
02/12/2011 | 07:00
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A Braskem, empresa do Polo Petroquímico de Capuava, realiza terça-feira, das 14h às 16h, exercício simulado de emergência. O local escolhido é o Jardim Sônia Maria, em Mauá, e envolverá 600 pessoas da comunidade, que terão de evacuar suas casas. O cenário será o vazamento de gás.

O principal objetivo é avaliar a resposta da população, das indústrias - nesse caso, da Braskem - e do poder público a uma situação limite, como suposto vazamento de produtos e como contê-lo o mais rápido possível. De acordo com os organizadores, o tempo de duração do simulado será de aproximadamente uma hora.

Após o início da simulação, serão acionados a brigada interna, do Plano de Auxílio Mútuo, órgãos públicos, aviso à comunidade; acionamento do alarme de abandono da planta, combate à emergência, alarme de fim de emergência e retomada das atividades normais.

Segundo o plano de análise de risco, a comunidade residente nas proximidades da empresa deverá deslocar-se da região em que o simulado terá início até o ponto de encontro determinado, conforme os procedimentos e as rotas já definidas.

"Esta é a primeira vez que faremos simulação com evacuação na unidade de Capuava. As chances reais de vazamento são muitos baixas, mas não nulas. Seguimos todos os quesitos de segurança para não ocorrer problemas como esse e não há registro de evacuações da comunidade do entorno na história do Polo Petroquímico. No entanto, temos de estar preparados", avisa o gerente de saúde, segurança e meio ambiente das unidades de insumos básicos do Sudeste, Carlos Alfano.

O maior risco a que a população está exposta é do vazamento de produtos químicos, mais até do que uma explosão. Caso a pressão dos equipamentos suba e não possa ser controlada, um vazamento atingiria raio de 30 a 40 metros a partir do limite do terreno da Braskem, o que equivale às ruas que serão evacuadas. "Uma possível explosão atingiria a planta da fábrica e muito dificilmente a comunidade do entorno", afirma o gerente.

EFETIVO

O simulado conta com o apoio do Corpo de Bombeiros, Samu, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal de Mauá, Departamento de Trânsito, Defesa Civil, Cetesb e PAM (Plano de Auxílio Mútuo).

O Corpo de Bombeiros instalará posto de comando na Rua Oscarito para coordenar as ações e a Guarda Civil auxiliará nas interdições das ruas, junto com o Departamento de Trânsito. As ruas envolvidas no simulado são Augusto Calheiros, Carmem Miranda, Miguel Couto e Jorge da Silva, mas haverá bloqueios também nos acessos das ruas Zequinha de Abreu, Noel Rosa, Vicente Celestino e Francisco Alves.




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