Economia Titulo Área Alfandegada
Porto seco de Sto.André amplia capacidade
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
24/09/2012 | 07:00
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Divulgação


O porto seco de Santo André, sob o comando da Wilson Sons Logística, ampliou para 100% a capacidade de armazenamento de mercadorias. Sua área alfandegada (que guarda produtos vindos de outros países ou que serão exportados) foi acrescida em 10.800 metros quadrados de armazém e em 7.000 m² de pátio, somando 92 mil m².

Até então, apenas metade do espaço tinha a autorização da Receita Federal para armazenar as cargas - a redução foi feita a pedido da Wilson Sons por conta da fraca demanda. Com o aquecimento do comércio exterior, principalmente das importações - 95% do que passa por lá provém de outros países - a empresa pediu para que a capacidade fosse incrementada.

Empresários que importam grandes quantidades e não têm onde guardar esses itens por falta de espaço podem optar por mantê-los no porto seco e só fazer o desembaraço quando precisar. Será então quando ele vai pagar os impostos e nacionalizar o produto. Um bom exemplo são carros importados, que vão sendo liberados conforme são vendidos nas concessionárias.

Segundo o diretor executivo da Wilson Sons Logística, Thomas Rittscher III, não houve investimentos para a ampliação porque a área física já existia. Também não houve contratação de profissionais. Porém, para reforçar o atendimento a alguns dos setores mais fortes do porto seco, como o farmacêutico, o de cosméticos e o de vinhos, foi investido R$ 1 milhão em 600 metros cúbicos de câmara refrigerada. "Nós oferecemos também o transporte de cargas em regime aduaneiro, e cobrimos toda a cadeia, entregando para o cliente do cliente. Isso antes era feito com limitação. Agora, com área maior, concentramos o centro logístico em Itapevi, onde investimos R$ 10 milhões, e deixamos a área alfandegada para Santo André, que está próxima ao Porto de Santos e ao aeroporto de Guarulhos", conta Rittscher III.

Os outros setores em que a Wilson Sons tem tradição são cargas de projetos (como tratores), automóveis, motocicletas, autopeças e alimentos.

Para o inspetor chefe da alfândega da Receita Federal em São Paulo, João Figueiredo Cruz, esse tipo de iniciativa vem ao encontro da intenção do governo de ampliar o investimento em infraestrutura e logística. "As áreas primárias (portos e aeroportos) estão muito sobrecarregadas, então essa é uma solução natural para desafogar os terminais e levar as cargas para o Interior."




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