O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), enviou projeto à Câmara que institui auxílio-moradia e de alimentação, no valor de R$ 2.000, aos profissionais que atuam no município por meio do Programa Mais Médicos, do governo federal. A medida chegou ontem ao Legislativo e ainda deve passar pelo crivo das comissões da Casa antes de ir à votação. Previsão do Paço é de iniciar o pagamento em maio.

Intitulado como Bolsa Auxílio-Moradia e Bolsa Auxílio Alimentação, o valor é a soma de R$ 1.500 para subsidiar os custos com aluguel e R$ 500 destinados à alimentação dos médicos. Segundo a Prefeitura, nove profissionais – oito cubanos e um brasileiro do Rio de Janeiro – atuam atualmente no município.

Lançado em 2013 pela presidente Dilma Rousseff (PT), o Mais Médicos foi instituído para suprir a carência desses profissionais no País, além de ampliar a formação de novos médicos. O programa garante bolsa de R$ 10 mil por mês, repassados pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo oferecida para cada município.

No caso dos cubanos, um acordo entre a União e o governo de Cuba garantiu o pagamento de R$ 3.000 por mês aos profissionais. O governo brasileiro repassa ao país estrangeiro o mesmo valor pago aos médicos do Brasil. Segundo o programa, a atuação desses profissionais está restrita à atenção básica, que é o primeiro nível de contato com os pacientes.

OUTROS MÉDICOS

Embora o município disponha de apenas nove profissionais, a expectativa é de que Santo André seja contemplada com a vinda de mais dez médicos.

O projeto endereçado à Câmara, inclusive, já prevê o gasto total com os 19 profissionais. Com esse quadro, o benefício causará impacto financeiro de R$ 342 mil por ano, o que equivale a 0,0138% do Orçamento previsto para este ano (R$ 2,4 bilhões).

Dos nove médicos atuantes em Santo André, três são mulheres e seis homens. Eles atuam em unidades do Jardim Santo André, Jardim Irene 1, Recreio da Borda do Campo e Jardim Ana Maria.