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Venda para empresas dobra lucro dos comerciantes

Porém, envase e transporte atrasam distribuidoras e elevam preços para o consumidor

Por Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
08/02/2014 | 07:07
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Claudinei Plaza/DGABC


A demanda da população, que bebe mais água por causa do calor, vai além das residências. Quem trabalha com vendas para empresas também viu a quantidade dobrar, como a distribuidora Boa Fonte de São Caetano.

“Se o cliente residencial, que antes comprava um galão por semana, agora compra três, em comércios e empresas esse número, que era de 50, <MC>em média, sobe para até 120”, declarou o gerente Júnior Canuto.

“Hoje (ontem), vendi todos os 230 galões que estavam na loja. Um escritório de contabilidade, que antes comprava três por semana, em dois dias já me pediu seis”, afirmou a proprietária da Natural Águas em Santo André, Andrea Fattori.

FONTE E TRANSPORTE - A forte procura gera lentidão no envase e transporte da água, conforme relataram os comerciantes.

“Para quem vai buscar o produto nas fontes, as filas estão imensas. Tem gente chegando de madrugada para garantir a quantidade”, afirmou o proprietário da Distribuidora Delta, de São Bernardo, Nilton Alves de Souza.

Segundo a sócia da Loja D’água em Diadema, Elinair Penna, trabalhar com várias marcas ajuda a evitar problemas. “Foi por isso que eu ainda não tive falta total de água, só de algumas marcas. As fontes estão com problemas de envase e também escassez. Por isso nessa hora ajuda ter mais opções.”<MC0>

Canutto, da Boa Fonte, também explicou que o transporte contratado não está dando conta. “Tivemos que contratar frete extra para não ficar sem água. A marca não faz tanta diferença nessa hora. Os clientes só querem uma água mineral que não seja a da torneira, por questão de saúde.”

GALÕES - A falta dos recipientes para o envase também atrapalha as vendas. Conforme explica o proprietário da Patrimônio Distribuidora de Água em Santo André, Humberto Celestino Macedo, o preço do galão para o envase também subiu por causa da grande procura.

“Eu estou pagando até R$ 12 no galão de 20 litros, que antes custava R$ 7. São R$ 5 a mais. O de dez litros, menos demandado, teve redução de R$ 0,10. É a lei da oferta e do desespero.”

A preocupação de Macedo é repassar o mínimo possível para o público. “Até porque o cliente não vai entender se eu vender o de dez litros R$ 0,10 mais barato.”
Atualmente, o preço do galão de 20 litros para o consumidor fica entre R$ 4 e R$ 10 quando é retirado nos estabelecimentos. A marca também faz com que o valor dos galões varie bastante.
 




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