É bem possível que poucos jogadores do Palmeiras saberão o significado da Páscoa. Mesmo os ditos religiosos terão dificuldades para discorrer com precisão o que representa aos católicos a sexta-feira da Paixão e o domingo de Páscoa.

A verdade é que justamente nessa semana eles protagonizaram a ressurreição do time na Libertadores. Depois de um péssimo começo, com uma derrota fora e outra em casa, só havia uma alternativa ao Verdão: ganhar do Sport no caldeirão da Ilha do Retiro.

Para piorar a situação, o adversário da equipe paulista vinha desenvolvendo uma grande campanha na competição. E era apontado como favorito.

Com um belo planejamento tático, totalmente concentrado no jogo e nos seus objetivos, ciente de que apenas uma vitória recolocaria o time na busca da classificação, o time foi mais do que eficiente.

Não se viu no Recife um grande futebol. Aliás, nem era esse o objetivo. O Sport teve mais volume de jogo na primeira etapa, criou boas condições de gols e esbarrou na categoria do goleiro Marcos.

Numa jogada ensaiada saiu o gol de Keirrison e com isso foi possível administrar melhor o jogo, o resultado e a vantagem. Estava claro, até nas alterações do intervalo, que o Sport partiria pra cima. E não deu outra. Por isso, a imensa categoria individual de Diego Souza foi favorecida no segundo gol. O meia teve apenas dois adversários pela frente para fustigar o rival.

Nunca uma semana da Páscoa encaixou tão bem nas pretensões palmeirenses. Para ficar completo, só falta transformar o Santos, neste sábado, em Judas Escariotes.

SEMIFINAIS DO PAULISTA
Não há favorito para os dois jogos semifinais do Paulistão. Santos e Palmeiras podem até alegar cansaço devido aos jogos no Nordeste no meio de semana. Mas na hora da decisão o emocional supera qualquer deficiência física.

Corinthians e São Paulo sabem que o resultado de domingo poderá influenciar na segunda partida. Isso porque, o São Paulo, tinhoso como seu treinador, vai tentar usar a vantagem do empate.

Mano Menezes sabe disso. E não permitirá que no Morumbi o adversário entre em campo podendo usar o benefício do regulamento. Será um final de semana empolgante.

TRATAMENTO
Apesar de famoso e milionário, Adriano mostra deficiências como ser humano. Está provado que na vida dinheiro e notoriedade não são tudo.

Um bom médico e, se for o caso, até bons remédios poderão ajudar o atacante que está em depressão e precisa de tratamento. Além de muito apoio dos amigos e familiares. Nessa hora é que se sabe o valor da família. Se sabe também que as moças de fino trato, que agradam a Adriano e outros jogadores, pouco poderão fazer.