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Pedágios vão aumentar na semana que vem

Artesp confirma que praças sofrerão reajuste no dia 1º; preços devem subir cerca de 6,5%

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
23/06/2013 | 07:04
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Em meio a protestos em todo o Brasil reivindicando a queda nos preços das tarifas de ônibus, a Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) confirmou que irá reajustar o valor cobrado nas praças de pedágio do Estado. O aumento entra em vigor no dia 1º. O anúncio oficial será feito nos próximos dias.


A base de cálculo usada pela Artesp para definir a porcentagem de majoração deverá ser o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O acumulado em 12 meses, de junho de 2012 a maio deste ano, foi de 6,5%, segundo o Banco Central.


A agência reguladora afirma que os contratos de concessões das rodovias “preveem reajustes pelo IPCA, mas o cálculo leva em consideração outros itens”. O valor final ainda está sendo definido por equipe técnica. Não foi informado pela Artesp, no entanto, quais são as variáveis adicionais e quando a taxa final será anunciada.


Considerando apenas variação do indicador no período, a tarifa cobrada para automóveis nas principais praças do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) deverá ser de, no mínimo, R$ 22,58 – número que pode ser arredondado. Atualmente, o valor é de R$ 21,20. O pedágio nas vias do sistema, administrado pela Ecovias, é o mais caro do Brasil.


Na Rodovia dos Imigrantes, a praça do Centro de Diadema deve passar a cobrar R$ 1,70 – R$ 0,10 a mais do que o preço atual. Na saída do bairro Eldorado, na mesma cidade, a tarifa pode subir de R$ 3 para R$ 3,20. Já na alça do Batistini, em São Bernardo, o pedágio deve custar R$ 5,10.


Já no Trecho Sul do Rodoanel, administrado pela concessionária SPMar, motoristas de automóveis devem desembolsar ao menos R$ 2,77. Atualmente, a tarifa cobrada é de R$ 2,60.


Caso a Artesp confirme que utilizará apenas o IPCA como indicador base, será adotado método de cálculo diferente do ano passado, quando foi utilizado o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) para a definição dos reajustes nas rodovias cujos contratos de concessão foram assinados entre 1998 e 2000 – caso da Ecovias. De junho de 2012 a maio deste ano, o IGP-M, definido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) teve acúmulo de 6,21%. Portanto, o aumento seria menor em relação ao que provavelmente será aplicado.


As concessionárias Ecovias e SPMar informaram que apenas obedecem a porcentagem de aumento definida pela Artesp e que, por esse motivo, não comentariam os números.

Deslizamento na serra provocou morte de mulher em fevereiro
Apesar de cobrar a tarifa de pedágio mais alta do Brasil, a Ecovias deixa a desejar na manutenção das rodovias Anchieta e Imigrantes. Em julho, uma mulher morreu após deslizamento de terra no km 52 da Rodovia dos Imigrantes, na divisa de São Bernardo com São Vicente.


Mesmo depois da tragédia, a concessionária deixou de efetuar reparos necessários nas encostas ao longo do trecho de serra. Em abril, o Diário publicou reportagem relatando que a Via Anchieta possuía 29 pontos com ocorrências recentes de escorregamentos de terra. Na ocasião, especialistas criticaram a empresa, dizendo que deveria ser feito mapeamento do solo no local para evitar problemas futuros.


Em janeiro, também foi publicada reportagem sobre falhas de comunicação ao longo das estradas. Diversos call box estavam fora de operação devido a problemas técnicos.
 




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